Banhistas presenciaram o animal morto nas areias da Praia de Itaipu
Foto: Reprodução de internet
Quem decidiu passear na orla e curtir a Praia de Itaipu, na Região Oceânica de Niterói, na tarde desta segunda-feira (4), teve uma grande surpresa. Uma baleia da espécie jubarte foi vista nadando próximo à Ilha Mãe. Praticantes de stand up paddle fizeram o registro da baleia e publicaram as fotos em uma rede social.
A bióloga marinha Criscia Cesconetto, especialista em baleias, disse que essa espécie vem para o Brasil com bastante frequência, pois elas migram para cá para se reproduzir. Segundo ela, as baleias se concentram próximo ao arquipélago dos Abrolhos, localizado no Oceano Atlântico, no sul do litoral do estado da Bahia, por conta das águas mais quentes que favorecem o nascimento dos filhotes desta espécie.
“De junho a novembro, elas migram das águas geladas da Antártica e vêm para cá com a intenção de acasalar e se reproduzir. Até podem se alimentar, mas o objetivo mesmo é a reprodução. Há uma outra espécie que também vem para o Brasil. No verão é possível ver a espécie de baleia de bryde, que vem se alimentar. Já fizemos registro dela em Itaipu, Itacoatiara, e na Zona Sul do Rio”.
Tartaruga – Depois de cinco animais terem sido encontrados mortos no mês de junho em praias de Niterói, no último sábado mais uma tartaruga foi encontrada sem vida. Desta vez, o registro foi feito na Praia de Itaipu por uma banhista que publicou as fotos em uma página do Facebook.
A bióloga marinha Larissa Araújo, que faz parte do Projeto Aruanã, contou que esse último caso não foi enviado para eles. Segundo ela, as tartarugas que não são resgatadas pelo Aruanã são recolhidas pela Companhia de Limpeza de Niterói (Clin) e incineradas.
“Sabemos que há uma residência da espécie verde na região de Itaipu. Elas se alimentam de algas e ficam próximo às rochas. Desta última morte não tivemos o registro, mas sempre monitoramos esses casos. Quando ela não está em estágio avançado de decomposição, conseguimos fazer uma necrópsia. A maior causa das mortes vem da poluição marítima, da pesca acidental, quando alguma tartaruga fica presa em redes e quando elas se chocam com embarcações. Às vezes, a maré e a ressaca trazem elas para a praia”, explicou.
Procurada, a Prefeitura de Niterói informou que não possui registro da retirada do animal no último sábado.