Ao som dos ukuleles

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A Orquestra de Ukuleles da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), formada por alunos do projeto de extensão acadêmica “Toque e… se toque!

Foto: Divulgação

Neste domingo (15), às 17h, o Solar do Jambeiro recebe a Orquestra de Ukuleles da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), formada por alunos do projeto de extensão acadêmica “Toque e… se toque!”. O instrumento - de origem havaiana - têm sido largamente difundido por artistas, como Clarice Falcão e Tiago Iorc, e está ganhando um espaço cada vez maior entre os amantes de instrumentos de corda - por seu som original e sua versatilidade.

Vinícius Vivas, regente e coordenador do projeto explica que para essa apresentação eles prepararam clássicos brasileiros, que vão dos anos 10 aos 80.

“Preparamos músicas como ‘Carinhoso’, ‘Anunciação’, ‘Naquele Tempo’, ‘Lanterna dos Afogados’, ‘Trilhos Urbanos’, entre outros clássicos da nossa música. Também teremos alguns números solos e algumas surpresas. É muito bom voltar a um lugar tão especial como o Jambeiro”, adianta o regente. Apesar de parecer simples, na orquestra são utilizados quatro tipos de ukulele: soprano, concert, tenor e barítono.

Vivas explica que originalmente o ukulele foi desenvolvido no Havaí a partir de uma reelaboração de instrumentos de cordas portugueses: o machete e o braguinha - derivações do cavaquinho português.

O músico teve seu primeiro contato com o instrumento quando já era professor

Foto: Divulgação / Marcelo Feitosa

“O instrumento ficou famoso nos EUA após a anexação do território havaiano, vivendo um primeiro estouro ainda no início do século XX e um segundo auge nos anos 1950. Hoje vivemos o terceiro ‘boom’, o primeiro que atinge com força o Brasil”, comenta Vinícius.

O músico teve seu primeiro contato com o instrumento quando já era professor, através de gravações com a orquestra norte-americana Beirut.  

“Logo que conheci o instrumento, comprei um e passei a usar em sala de aula com as crianças e adolescentes. Em 2015 decidi realizar pesquisas acadêmicas com ele e iniciei meu mestrado em música e educação, utilizando o ukulele em aulas de música do ensino fundamental. Atualmente, tenho me aprofundado  e participado de eventos em diversas cidades no Brasil e no exterior”, explica o artista.

Desde então, Vinícius tem acompanhado de perto e “de dentro” a evolução do instrumento no país, e se dedicado inteiramente à produção de conhecimento acadêmico à respeito do ukulele.

“Ano passado publiquei um material sobre levadas de música brasileira para ukulele, disponível em formato de curso online. Também tenho muitos arranjos de choro, bossa-nova, baião e outros gêneros brasileiros. A própria Orquestra de Ukuleles da UFRJ tem por princípio só tocar músicas brasileiras”, relata.

Lys Araujo, sua aluna, possui um ano e quatro meses de prática e conta que quando prestou atenção no ukulele e em suas possibilidades foi paixão imediata.

“Eu sou musicista, então já conhecia de por alto o instrumento, mas nunca tinha prestado muita atenção. Conheci de fato em 2016, quando dançava jazz, pois o ukulele é muito usado no ritmo. Pesquisando vídeos eu vi uma menina coreana tocando ‘Stardust’ com ele e fiquei apaixonada pelo timbre. Comprei um e descobri que o Vinícius era ‘o cara’ aqui no Rio, a partir daí o procurei e venho fazendo aulas desde dezembro de 2016”, lembra Lys.

Além do timbre, ela também aponta outras vantagens do instrumento.

“Eu procurei o ukulele para tocar jazz e música de concerto, mas estou tocando música brasileira também. Ele é muito versátil, toca qualquer. O que me encantou é que é um instrumento muito pequeno, com um timbre lindo, além de ser fácil de transportar”, conclui a musicista.

O Solar do Jambeiro fica na Rua Presidente Domiciano, 195, Ingá, em Niterói. Domingo, às 17h. Entrada franca. Classificação: livre. Telefone: 2613-2734