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Atriz se diz bastante observadora

Foto: Divulgação

Carolina Oliveira gosta de mudanças. Por isso, foi fácil para ela arriscar na hora de assumir o cabelo curto e vermelho para interpretar Natasha, em “I Love Paraisópolis”. Na pele de uma garota ambiciosa na trama das sete, a atriz buscou no visual da personagem, também composto por roupas curtas e uma maquiagem com olhos bem marcados, algo que a fizesse se descolar da própria imagem que costumava ter. “O visual me ajudou a compor essa personagem. A Natasha é ruim, mas, ao mesmo tempo, é engraçada. Então, está sendo muito gostoso de fazer”, explica, durante sessão de fotos no hotel Villa Del Sol Residence, no Recreio, Zona Oeste do Rio de janeiro. Quem olha o atual papel de Carolina custa a se lembrar da menina de “Hoje é dia de Maria” que apresentou a atriz ao mundo em 2005. No início da carreira, a inocência de lágrimas e sorrisos dela chamavam atenção na minissérie. Agora, é o jeito abusado e chantagista de quem está disposta a pagar o preço que for por riqueza que se sobressaem na personagem. Para Carolina, chega a ser difícil assistir às cenas de quando era criança. “Não tenho vontade de ver a minissérie de novo. Talvez porque esteja tudo muito vivo na minha cabeça, apesar de ter sido há dez anos. Acho que me ver pequena é mais difícil do que me ver hoje”, confessa.

Durante a preparação para “I Love Paraisópolis”, Carolina estudou os capítulos que já estavam prontos e conversou com os autores, diretores e com o preparador Chico Accioly para ter uma ideia ainda mais clara sobre Natasha. “Chico me ajudou a pensar as coisas de dentro porque não adianta saber só o que a personagem fala. Tenho de entender o que ela está sentindo. Além disso, sou muito observadora, então tem sempre um pouquinho de pessoas que passaram por mim”, revela. Por ser do interior de São Paulo, a atriz passou por menos aulas de prosódia que o restante do elenco. Mesmo assim, participou do “workshop” para decidir para que lado deveria ir o sotaque. “Essa parte da prosódia foi bem tranquila. Apesar de morar no Rio de Janeiro faz tempo, nunca peguei o sotaque carioca”, relata.

Longe das novelas desde “Ti-Ti-Ti”, em 2010, Carolina volta a encenar com a certeza de que ser atriz é uma decisão sua, reforçando a ideia de que não foi apenas uma série de acontecimentos pelos quais se deixou levar que determinou sua profissão. Para ela, o tempo que ficou afastada da tevê foi bom para conhecer outros caminhos. “Eu só sabia que gostava de atuar. Era a única coisa que tinha feito na minha vida. Então, foi muito legal porque hoje posso falar que aprendi outras coisas e continuo querendo atuar. Viajei bastante e estudei também nesse tempo”, conta.

Ser indicada ao Emmy, em 2005, por “Hoje é dia de Maria”, e contracenar com grandes atores são momentos importantes para a atriz, que diz ter aprendido muito sobre posicionamento diante das câmeras com Tony Ramos, durante a novela “Caminho das Índias”. Entusiasmada, ela fala do trabalho na trama de Gloria Perez com carinho. “Os diretores costumam pedir para dar um passinho para algum lado e, até então, eu não sabia por que faziam isso. Em ‘Caminho das Índias’, Tony perguntava quando pediam para ele dar um passinho, qual era a câmera dele ou qual era a luz. Isso foi bem marcante para mim”, conclui. (Raquel Rodrigues/TV Press)