As duas maiores vozes femininas do Brasil juntas

Entretenimento
Tpografia
  • Mínimo Pequeno Médio Grande Gigante
  • Fonte Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

Gal e Bethânia darão suas vozes para a canção “Minha mãe”, que estará no novo disco de Gal, previsto para ser lançado em 2018, mas ainda sem título definido

Foto: Divulgação

Por: André Bernando

Donas da arte de cantar MPB, as baianas Gal Costa e Maria Bethânia se reúnem depois de 28 anos sem realizar um dueto juntas. Elas colocarão suas vozes na canção “Minha mãe”, que estará no novo disco de Gal, previsto para ser lançado em 2018, mas ainda ainda sem título.

Os autores da música, César Lacerda e Jorge Mautner, fizeram a letra pensando especialmente nas mães das duas cantoras: Dona Mariah Costa Penna e Dona Canô Vianna Telles Velloso, cuja religiosidade foi herdada pelas filhas. Os versos traçam um paralelo entre a figura materna e Nossa Senhora Aparecida, de quem Gal e Bethânia são devotas. O poema de Mautner foi levado por Marcus Preto, diretor artístico do álbum, para o jovem compositor mineiro César Lacerda, que fez a música. A faixa tem o violão de Pedro Baby, o piano de Carlos Trilha e a sanfona de Mestrinho.

Gal e Bethânia não dividiam a mesma faixa desde o registro de “Iansã”, gravada no álbum “25 anos” de Bethânia, em 1990. As duas têm um longo histórico de parcerias, iniciado no primeiro álbum de Bethânia, lançado em 1965, em que as duas cantaram juntas “Sol Negro”, de Caetano Veloso. Muitos outros duetos viriam depois, como “Sonho meu”, “O ciúme”, “Filosofia pura” e o clássico “Oração de Mãe Menininha”, entre outros.

A última vez em que as duas cantoras tiveram contato foi em 2002, quando se juntaram a Caetano Veloso e Gilberto Gil para uma reedição dos “Doces Bárbaros”, que marcou a carreira do quarteto nos anos 70. De lá para cá, nunca mais estiveram juntas ou se falaram.

O silêncio só foi quebrado uma única vez na ocasião da morte de Dona Canô, há seis anos. Gal Costa mandou uma mensagem de pêsames para Maria Bethânia pela perda da mãe. A cantora retribuiu o mesmo carinho que Bethânia teve com ela, comparecendo ao velório de Dona Mariah Costa, mãe de Gal, em 1993.

Apesar da distância, em 2005, quando Gal deu uma pausa na carreira, Maria Bethânia foi uma das incentivadoras do seu retorno.

O novo álbum que Gal Costa lançará este ano, conta com outras parcerias. Uma delas é a música inédita do compositor paulista Guilherme Arantes, “Puro Sangue (O libelo do perdão)”, que foi oferecida a ela. Essa canção quase gerou mais um dueto da cantora com Caetano Veloso.