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Atriz se considera inquieta em cena, sempre em busca de dar novos tons à personagem

Foto: Jorge Rodrigues Jorge/CZN/Divulgação

A cada novela que participa, Giovanna Antonelli reforça seu carisma. Seja na função de mocinha ou exercendo o papel da vilã, a atriz sempre consegue “entortar” a novela a seu favor. Na pele da dúbia Atena, de “A Regra do Jogo”, não é diferente. Pelo menos, a repercussão que ela recebe do público sobre sua personagem indica isso. Desde o primeiro capítulo da novela, publicações sobre Atena e Romero, protagonista de Alexandre Nero, estão entre as mais numerosas nas redes sociais. E os acessórios que a atriz usa na trama ganharam as lojas do ramo e também os mercados populares. “É muito legal o público, às vezes, esquecer que a personagem tem esse lado bandido. Acho que, ao longo dos capítulos, conseguimos trazer o lado humano da Atena”, acredita.

Boa parte do sucesso de Giovanna nos trabalhos que faz se deve à sua própria entrega. A atriz é do tipo inquieta. Até o último capítulo da novela chegar, ela se envolve com pesquisas para encontrar novos elementos para seu papel. E também faz a decupagem de cada bloco com a preparadora Rossella Terranova, que a acompanha desde “O Clone”, de 2001. Seu objetivo com toda essa dedicação é não se repetir em cena, por mais que as situações apresentadas na história sejam semelhantes. “Sempre que pego uma sequência, gosto de olhar através, ver o que posso trazer que está implícito, o que posso ressaltar. E acho que, com isso, a gente vai trazendo o público para perto”, explica.

O método de direção de Amora Mautner também contribui para Giovanna se reinventar a cada capítulo. Isso porque todos que estão no “set” de gravação propõem coisas na hora do ensaio que podem ser aproveitadas para a cena. “Quando somos dirigidos por ela, chegamos cheios de ideias. Realmente, tudo se dá com a troca, que é a coisa mais mágica do nosso trabalho no ‘set’”, salienta a atriz, que também aproveita algumas características da própria Amora em sua personagem. “Sempre roubo frases que a Amora fala. Ela tem um humor, uma inteligência e é muito rápida”, diz.

Desde que estreou em novelas, como a Benvinda de “Tropicaliente”, de 1994, Giovanna viu a relevância de suas personagens crescer a cada trabalho. Hoje, com mais de 15 folhetins no currículo, ela mantém a mesma curiosidade pela profissão de quando começou. “Quando penso em um papel novo, já vejo o que posso trazer de cabelo, de figurino. Já vou pirando”, conta. “Preciso alimentar essa minha chama para poder me reinventar sempre. Acho que é um exercício se reinventar porque eu sou sempre a mesma pessoa fazendo outras personagens. E são muitos anos fazendo novela”, completa. (Luana Borges/TV Press)