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O disco “Memórias do Fogo” é um convite a conhecer e contar histórias. É, além disso, uma coletânea de ritmos, indo do samba ao metal, evocando a potência cultural da música brasileira

Foto: Divulgação

Um dos principais nomes da cena independente carioca dos anos 2000, a banda El Efecto celebra 16 anos de trajetória independente lançando seu quinto álbum de estúdio, “Memórias do Fogo”, neste sábado, dia 14, no Teatro Rival, na Cinelândia. O show trará no repertório as canções do novo trabalho, como também faixas conhecidas do público que interagem com o grupo nesses  anos de estrada.

O disco “Memórias do Fogo” é um convite a conhecer e contar histórias.  É, além disso, uma coletânea de ritmos, indo do samba ao metal, evocando a potência cultural da música brasileira. As letras, por sua vez, propõem interpretações críticas das atitudes individuais e coletivas.

O álbum contou com a produção de Patrick Laplan, Tomás Alem e da própria El Efecto. A masterização ficou por conta de Robert Carranza, que já trabalhou com Criolo, The Mars Volta, Ozomatli, entre outros.

“O processo de composição do disco foi demorado, cozinhando a fogo lento ao longo de uns dois anos, fruto de um acúmulo de ideias e de muitos debates coletivos. O disco é um painel interessado em ecoar vozes, personagens e cenários que evocam situações e iniciativas de luta. Busca também lembrar do mal estar, da angústia e do sentimento inconveniente de responsabilidade de todos nós na tragédia em que nos encontramos”, afirma Bruno Danton, que faz voz, violão e viola na banda.

Falar sobre temas de forte teor político é comum nas canções da banda. Eles ficaram conhecidos no país graças à canção viral “O Encontro de Lampião com Eike Batista”, em que misturam o rock com a literatura de cordel, em uma letra forte e poética. Em junho de 2013, a El Efecto foi indicada como Melhor Grupo de Rock, no Prêmio da Música Brasileira. “Pedras e Sonhos”, álbum da faixa viral, foi considerado um dos três melhores discos do gênero.

El Efecto: memórias do fogo

Foto: Divulgação

Formada em 2002, na cidade do Rio de Janeiro, El Efecto tem o ecletismo como marca do seu som. As composições são mergulhos nas mais distintas tradições e gêneros musicais, revisitados a partir de uma perspectiva contemporânea.  A banda é composta por Bruno Danton (voz, violão e viola), Cristine Ariel (guitarra, cavaquinho e voz), Eduardo Baker (baixo), Gustavo Loureiro (bateria), Tomás Rosati (voz, cavaquinho e percussão), Tomás Tróia (guitarra e voz), e tem inspiração em artistas como Violeta Parra, Racionais Mcs, Rage Against the Machine, Faith no More, Moacir Santos, Luiz Gonzaga e Eduardo Galeano.

De maneira geral, a estética da banda é a do rock. Mas a utilização de instrumentos como cavaquinho, violão, viola caipira, trompete, clarinete, flautas e percussão sintetiza a tentativa de fugir dos rótulos e caminhos pré-determinados. O resultado disso é uma unidade onde se conjugam o lirismo e a contundência, uma mescla de climas onde se destaca a forte presença da música brasileira e latinoamericana.

“A ideia agora é retomar o gás e circular bastante com o disco novo, firmando presença por onde já passamos e tentando chegar a novos lugares onde ainda não conseguimos estar”, aponta Tomás Rosati, voz, cavaquinho e percussão do El Efecto.

Todas as músicas do grupo estão disponibilizadas na internet e podem ser baixadas de forma gratuita, fato que corrobora com o objetivo de ampliar ao máximo a difusão do trabalho, para que a mensagem, e as ideias circulem e o debate continue.

O Teatro Rival fica na Rua Álvaro Alvim, 33/37, Centro/Cinelândia, no Rio de Janeiro. Sábado, 14 de abril, às 20h. Preço: R$ 50 (inteira). Classificação: 18 anos. Telefone: 2240-4469.