Hector Babenco morre aos 70 anos

Entretenimento
Tpografia
  • Mínimo Pequeno Médio Grande Gigante
  • Fonte Padrão Helvetica Segoe Georgia Times



Morreu na noite da última quarta-feira o cineasta Hector Babenco, aos 70 anos. O argentino radicado no Brasil sofreu uma parada cardíaca em casa por volta das 23h e foi levado ao Hospital Sírio Libanês, em São Paulo.

Nascido em 1946, em Mar del Plata, Hector Babenco chegou ao Brasil na década de 1970, onde fixou residência e descobriu a paixão pelo cinema.

Babenco foi um dos mais importantes cineastas do País e chegou a dirigir filmes em Hollywood.  Dirigiu “O Beijo da Mulher-Aranha” (1985), filme que lhe rendeu uma indicação ao Oscar de Melhor Diretor e o prêmio de Melhor Ator a William Hurt, que também levou a Palma de Ouro. O elenco ainda contava com uma atuação precisa de Raul Julia e com a presença magnética de Sônia Braga. A produção faturou US$ 17 milhões nos Estados Unidos.

Outro filme do diretor argentino emblemático é “Pixote: A lei do mais fraco” (1981), que caiu nas graças da imprensa mundial, conseguido uma indicação ao Globo de Ouro. Foi considerado o terceiro melhor filme estrangeiro da década pela Associação de Críticos dos Estados Unidos, perdendo apenas para “Ran”, de Akira Kurosawa, e “Fanny e Alexander”, de Ingmar Bergman. No filme, Babenco construiu um dos mais cruéis retratos da realidade nas ruas de São Paulo, onde crianças têm sua inocência retirada ao entrarem em contato com um mundo de crimes, prostituição e violência. Outro filme de destaque é “Carandiru” (2003), baseado nas me-mórias do médico Dráuzio Varella, que reuniu um elenco estrelado – inclusive Rodrigo Santoro, no papel de um travesti. O público correu às salas para assistir: 4,6 milhões de espectadores.

“Meu Amigo Hindu”, seu último trabalho, foi lançado em 2016 e conta com William Dafoe como protagonista. O filme é inspirado na experiência do próprio Babenco, que lutou contra um câncer no sistema linfático nos anos 1990.