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Elza Soares, que vai mostrar pela primeira vez na lona o show “A Voz e a Máquina”, em que canta clássicos da carreira, além de releituras.
Foto: Divulgação
Dando continuidade à programação de verão, o Circo Voador recebe dias 19 e 20 a primeira edição do SambaRap Festival em duas noites que prometem ser memoráveis, reunindo as batidas do tambor, o samba e o rap nacional, reconhecendo e valorizando raízes africanas e referências contemporâneas.
Na sexta, às 22h, a casa recebe Karol Conka e Elza Soares, duas figuras marcantes na música brasileira. Elza vai mostrar pela primeira vez na lona o show “A Voz e a Máquina”, em que canta clássicos da carreira, além de releituras como “Computadores Fazem Arte”, “A Carne”, “Saltei de Banda” e “Mulher do Fim do Mundo”, por exemplo.
A ideia da apresentação é de reinventar sua voz ao lado dos DJs Ricardo Muralha e Bruno Queiroz e do guitarrista Caesar Barbosa. São samples, loops, drum machines e synths dando forma a uma voz processada, desconstruída e reconstruída. Para compor e acompanhar, uma sequência de vídeo mapping cria projeções em um cenário em branco.
Já a rapper Karol Conka promete agitar o público com seus hits “Tombei”, “É O Poder”, “Lalá”, entre muitos outros. Karol é uma das principais representantes do rap feminino dos últimos tempos e deu um novo significado à palavra “tombar”. Seu grande sucesso, “Tombei”, conta mais de 22 milhões de visualizações no YouTube e fala sobre a força da opinião das mulheres, característica marcante de sua personalidade.
No sábado, também às 22h, o Circo abre suas portas para três shows: Emicida, Jongo da Serrinha e Escola de Samba Império Serrano.
Abrindo a noite está grupo mais tradicional de dança de batuque do Rio Jongo da Serrinha, que promove, desde o fim dos anos 1960, ações de arte, educação, desenvolvimento social e cultura no Morro da Serrinha e pelo mundo. O show principal, é de Leandro Roque de Oliveira, mais conhecido como Emicida, que encerra a turnê do disco “Sobre Crianças, Quadris, Pesadelos e Lições de Casa...”.
Lançado em 2015, o disco foi criado a partir da concepção do rapper sobre o continente africano durante uma viagem. A África é tratada como a matriz do que vai muito além da cor da pele, mas, sim, de um olhar coletivista e de um espírito de luta, além da fé. O disco não é uma simples mensagem que Emicida pretende passar, mas sim, item indispensável para quem quer entender a luta negra no Brasil e em qualquer lugar do mundo. Nele, o rapper mostra, também, a multiplicidade do rap e do hip-hop. Com 14 faixas, o álbum conta com a participação de Caetano Veloso em “Baiana”, Vanessa da Mata em “Passarinhos”, e Marcelino Freire em “Trabalhadores do Brasil”.
Para encerrar a noite, a Escola de Samba Império Serrano leva o clima de carnaval para o público do Circo. Em 2018, a escola volta a desfilar no grupo de elite do carnaval carioca, após nove anos afastada do Grupo Especial.
O Circo Voador fica na Rua dos Arcos, s/n, Lapa, no Rio. Sexta e sábado, às 22h. Preço: R$ 100 (inteira). Classificação: 18 anos. Telefone: 2533-0354.
Na cadência do samba e do rap
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