Três mil operários estão sob ameaça de demissão na CSN

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Em encontro fechado, os presidentes da Força Sindical, Miguel Torres, e do Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense, Silvio Campos, discutiram nesta segunda-feira (11) com o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, alternativas para evitar a demissão de 3 mil operários da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), que tem uma usina, a Presidente Vargas, em Volta Redonda, no sul do estado.

“Ele [Pezão] ligou de pronto para a empresa, pedindo a abertura de diálogo e o uso de ferramentas que não sejam as demissões”, contou Torres. 

De acordo com Silvio Campos, Pezão disse que está tentando um canal de negociação com o diretor financeiro da CSN, Paulo Caffarelli. Campos lembrou que outras empresas instaladas na região, entre as quais as montadoras Nissan, Volkswagen e Peugeot, e o grupo Votorantim, encontraram alternativas para driblar a crise, sem demitir. “A CSN quer partir direto para a demissão sumária”, afirmou o dirigente sindical. Ele acrescentou que na última sexta-feira (8) e também hoje (11) a CSN fez demissões. “Não sabemos o número exato porque, como a companhia tem dez dias para fazer a homologação, não fala quantas pessoas demitiu”. Silvio Campos estima, entretanto, que os demitidos desde o dia 8 já passam de 300.

Campos destacou que a demissão de 3 mil trabalhadores equivaleria ao corte de 30% dos 10,8 mil operários da companhia. Segundo Campos, as demissões estariam vinculadas à paralisação do Alto-Forno 2 da usina, responsável por 30% da produção da CSN. A CSN informou que a parada do Alto-Forno 2 não está acertada ainda, nem se o objetivo seria fechar para manutenção ou para reforma. 

“Depende da análise do mercado. Não há uma posição fechada sobre o desligamento do alto-forno”. Também não há data estabelecida para que isso ocorra. 

Para Campos, a reforma do alto-forno, que dura de seis meses a um ano, seria o mais recomendável no momento e. nesse caso, o sindicato negociaria a recontratação dos demitidos após a conclusão da obra.