O brasileiro Anderson Silva irá encarar o britânico Michael Bisping, neste sábado à noite, na luta principal do UFC Londres
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Buscar fazer o impossível e iniciar uma recuperação difícil, mas possível para retomar o caminho rumo ao cinturão do peso médio, tornando ainda mais espetacular a sua trajetória no MMA. É assim que Anderson Silva encara sua volta ao octógono, após o fim de sua suspensão por doping. O brasileiro encara o inglês Michael Bisping, neste sábado (27), em Londres, em card que se inicia às 14h45 (de Brasília).
Anderson Silva perdeu o cinturão para o americano Chris Weidman em 2013 e na revanche sofreu uma séria lesão que o deixou afastado por um ano. No retorno, em janeiro do ano passado ele superou Nick Diaz, mas após ter testado positivo em exames anti-doping, Anderson foi suspenso por um ano e a luta foi considerada sem resultado.
Durante seu tempo afastado o cinturão dos médios passou para Luke Rockhold e o “Spider” começou a considerar a possibilidade de conquistar novamente o cinturão.
“Vamos esperar, se a oportunidade surgir de novo, é claro que eu vou abraçar. Eu sou um cara competidor e acredito que eu tenha chances de lutar pelo título de novo se eu me credenciar. Então é esperar com calma, sem frustração, sem nada, tranquilo. Já passei por isso, então estou tranquilo”, afirmou Anderson ao Sportv, que possui um cartel de 33 vitórias, seis derrotas e uma luta sem resultado.
Ele disse ainda que não pensa em se aposentar.
“Eu gosto de lutar. É uma coisa que eu faço com amor, com carinho e enquanto eu tiver condições físicas, técnicas e psicológicas para fazer, eu vou continuar fazendo com amor, carinho e dedicação. Eu gosto disso, eu gosto de lutar, então independente de ser pelo título ou não, eu vou estar sempre fazendo o que eu amo e o que eu gosto”, afirmou.
Spider ainda falou sobre as provocações feitas pelo inglês na luta principal do evento da Terra da Rainha.
“As pessoas têm que entender que isso é um esporte. Cada um promove da maneira que gosta e da maneira que acha melhor para si. Eu gosto de fazer o meu trabalho, como eu sempre fiz. Tenho muitos fãs crianças, mulheres, pessoas mais velhas, mais novas... o clima é esse, de rivalidade, é claro, mas tem que ser saudável, sempre”, destacou.
Anderson ainda disse estar feliz por lutar em Londres novamente. O atleta deverá apostar na trocação e em seu afiado jogo de jiu-jítsu para impedir a aproximação de Bisping e evitar a estratégia do rival de sempre tentar pontuar, mesmo sem ser contundente.
Já Bisping, que tem um cartel de 27 vitórias e sete derrotas, ao longo dos eventos para promover o duelo fez questão de tratar Anderson como fraude e debochar do caso de doping do ex-campeão dos médios.
Para o treinador de Bisping, Jason Padillo, o inglês é mal compreenido no mundo do esporte.
“Michael Bisping tem a ética de trabalho de um campeão. É um cara que nunca desistirá dele mesmo, é um atleta determinado e um homem de família, um amigo. E ele é muito mal compreendido no esporte. Michael é bom para o esporte por causa do personagem dele. Consegue fazer as pessoas o adorarem e o odiarem ao mesmo tempo. Tem muito carisma. Como pessoa, é honesto, bondoso e gentil. É um dos caras mais leais que já conheci. E é um dos caras mais trabalhadores que já vi no MMA. Ele é mal compreendido porque não tem um filtro. Todos pensamos o que ele diz, mas ele não tem filtro e solta tudo. É mal compreendido porque é leal e honesto. É o tipo de cara que você ama ou odeia. É bom para o esporte, para o evento, mas é por isso que ele é mal compreendido”, declarou.
A co-luta principal do evento terá o niteroiense Thales Leites contra o iraniano Gegard Mousasi, também pelos médios. Thales Leites busca voltar a vencer após a derrota para Bisping no ano passado, depois de retornar ao UFC com cinco vitórias seguidas.
Anderson Silva volta a lutar no UFC
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