Jefferson recebe apoio de Taffarel

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Jefferson tenta se consolidar no posto de titular, durante competição continental

Divulgação / Rafael Ribeiro / CBF

Notabilizado como um grande defensor de pênaltis enquanto goleiro, Taffarel abriu um sorriso quando abordou a possibilidade de a partida entre Brasil e Paraguai ser decidida dessa forma no sábado, em Concepción. A Seleção foi eliminada assim pelos paraguaios em 2011, sem ter convertido nem uma cobrança sequer.

“Pênalti é 99% sorte”, definiu Taffarel, sem fechar o sorriso da boca. “Mas o Jefferson tem um bom retrospecto. Ele pegou pênalti do Messi, então já vem com uma bagagem boa. É pegador de pênaltis, com bom retrospecto. Vamos passar confiança para que ele ajude os nossos batedores”, acrescentou.

Já sob o comando de Dunga, Jefferson defendeu uma cobrança do astro Lionel Messi na vitória por 2 a 0 sobre a Argentina em amistoso disputado em outubro do ano passado, em Pequim.

Contra o Paraguai, no entanto, as lembranças de pênaltis não são positivas. Na Copa América de 2011, também em um duelo de quartas de final, o meio-campista Elano, o zagueiro Thiago Silva, o lateral esquerdo André Santos e o centroavante Fred desperdiçaram pelo Brasil, que tinha Júlio César como goleiro e acabou desclassificado depois de um 0 a 0 com a bola rolando.

Desta vez, Taffarel estará no banco de reservas para transmitir segurança a Jefferson, se houver necessidade de disputa de pênaltis.

“É um momento de tranquilidade, em que você deve transferir toda a responsabilidade para quem vai bater”, ensinou um dos heróis da conquista da Copa do Mundo de 1994.

Responsabilidade – Ao escutar que havia se tornado o principal jogador da Seleção Brasileira a partir da ausência do atacante Neymar na Copa América – a análise foi feita pelo zagueiro paraguaio Paulo da Silva –, o meia Willian agiu como faria o astro do Barcelona. Valorizou os demais jogadores do time dirigido por Dunga.

“Sempre trabalhei bastante para chegar à Seleção Brasileira, para disputar essa Copa América. Temos excelentes jogadores aqui, que podem fazer a diferença. Você não vence um campeonato como esse com só um ou dois atletas, mas com um grupo forte. Esse é pensamento”, rebateu.

Willian foi reserva de Luiz Felipe Scolari na última Copa do Mundo – substituiu o centroavante Fred no decorrer da inesquecível goleada por 7 a 1 aplicada pela Alemanha nas semifinais. Bem quisto no Chelsea, o meia revelado pelo Corinthians se firmou sob o comando de Dunga, embora tenha permanecido à sombra de Neymar, assim como o restante da equipe.

“Isso não nos incomoda porque sabemos da nossa qualidade. Temos consciência do que podemos fazer pela Seleção. A resposta que queremos dar é para nós mesmos. Desejamos muito ganhar a Copa América por nós, e não para mostrar para alguém que somos capazes”, falou Willian.

Seja como for, a capacidade da Seleção desfalcada de Neymar será colocada à prova. O time que sofreu para vencer o Peru por 2 a 1, perdeu por 1 a 0 para a Colômbia (jogo no qual Neymar protagonizou a confusão que motivou a punição da Conmebol) e segurou-se para ganhar por 2 a 1 da eliminada Venezuela enfrentará o Paraguai no sábado, em Concepción, pelas quartas de final da Copa América.

Ainda que não tenha a mesma responsabilidade de Neymar na partida, Willian tentará se destacar sem a ajuda do colega nesse primeiro mata-mata continental. “Sempre procuro jogar da mesma maneira, da melhor forma possível. É indiferente se o Neymar está em campo. Com ou sem ele, quero desempenhar o meu futebol”.