Por uma vaga na Libertadores

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O técnico Reinaldo Rueda quer manter o Flamengo no G-7 do Brasileiro em meio à sequência de clássicos contra Vasco e Flu. Já o comandante cruz-maltino, Zé Ricardo, irá reencontrar o ex-clube em duelo decisivo por vaga na Libertadores

Fotos: Gilvan de Souza / Flamengo e Pualo Fernandes / Vasco

Quase quatro meses depois de terem feito um jogo polêmico em São Januário, que terminou com vitória rubro-negra por 1 a 0, o estádio todo quebrado e um morto, Flamengo e Vasco se reencontram neste sábado (28),  às 19h (de Brasília), no Maracanã, pela 31ª rodada do Campeonato Brasileiro. Naquela ocasião, o gol do meia Everton fez Zé Ricardo, então técnico do Rubro-Negro, comemorar. Um turno depois o treinador trocou de lado e atualmente dirige o Cruz-Maltino.

A situação dos times na tabela de classificação também mudou. O Vasco, por exemplo, que brigava contra o rebaixamento, agora soma 43 pontos, na oitava posição, e luta por uma vaga na próxima Copa Libertadores. Com três pontos a mais, o Rubro-Negro já se encontra na zona de classificação para o torneio continental.

“Tem tudo para ser um jogo muito equilibrado, pois os dois times estão fazendo campanhas bem semelhantes e brigam pelos mesmos objetivos. Vamos precisar de mais um dia inspirados se quisermos ganhar”, disse o colombiano Reinaldo Rueda, treinador do Flamengo.

O Flamengo, por sinal, está embalado por no meio de semana, enquanto o Vasco “descansava”, ter derrotado o Fluminense por 1 a 0 na partida de ida das quartas de final da Copa Sul-Americana. O fato de o rival ter se desgastado é visto como vantagem pelos vascaínos.

“A maior vantagem do nosso time neste jogo é o descanso. Viemos numa batida grande, jogo contra Avaí desgastante, Botafogo, Atlético-GO, questão de uma semana. Desgasta um pouco, contra o Coritiba foi corrido. O principal para o clássico é estar focado, trabalhando, mas essa baixada de carga de jogos também. O Flamengo pode chegar mais desgastado. Para mim a maior vantagem é essa”, disse o volante Jean.

O Flamengo tem desfalques para este jogo. O zagueiro Réver, que sofreu uma lesão no ligamento colateral medial do joelho direito contra o Fluminense, e o atacante peruano Paolo Guerrero, com dores na coxa direira, ficam de fora. Assim, Rhodolfo entra na zaga e Lucas Paquetá segue no comando de ataque. Outro que fica de fora, mas por ter sido advertido com o terceiro cartão amarelo na derrota de 2 a 0 para o São Paulo e cumprir suspensão, é o volante colombiano Gustavo Cuéllar, que cederá seu posto para Márcio Araújo.

O Vasco também não poderá contar com um zagueiro importante, Breno, suspenso por ter sido expulso no empate por 1 a 1 com o Coritiba. Paulão ganha uma oportunidade então e vai compor o setor com Anderson Martins. Quem permanece de fora é o atacante Luis Fabiano.

Fifa reconhece título mundial de brasileiros 

Nesta sexta-feira (27), os times que se sagraram campeões da Copa Intercontinental, disputada somente por clubes europeus e sul-americanos entre 1960 e 2004, foram reconhecidos pela Fifa como campeões mundiais. Em reunião de conselho ocorrida em Calcutá, na Índia, a entidade optou por considerar os títulos como equivalentes ao Mundial Interclubes realizado ao fim de cada ano, torneio que coloca frente a frente todos os campeões continentais.

Antes, a Fifa considerava apenas os títulos conquistados a partir de 2000 como mundiais. Desta forma, quatro times brasileiros tiveram suas conquistas finalmente reconhecidas. São eles: Santos (1962 e 1963); Flamengo (1981); Grêmio (1983) e São Paulo (1992 e 1993). A Copa Rio, vencida por Palmeiras, em 1951, e Fluminense, em 1952, não foi discutida na reunião e, portanto, continua sem o reconhecimento de título mundial.

“Na nova Conmebol, fixamos com um dos eixos da mudança fazer justiça pelo futebol sul-americano, inclusive indo além do judicial. Hoje, vemos refletidos nossos esforços em um justo reconhecimento que a Fifa faz aos clubes sul-americanos e europeus que ganharam a Copa Intercontinental e foram tradicionalmente considerados campeões do mundo”, apontou o presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez.

Para o maior ídolo do Fla, Zico, o Rubro-Negro nunca deixou de ser campeão mundial.

“Eu não penso nada. Independentemente da decisão da Fifa, para mim, vou ser sempre campeão do mundo, o título será sempre do Flamengo, e que se danem os outros”, disse ao GE.