Tricolor tenta juntar os cacos da crise

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O auxiliar técnico Marcão foi responsável por comandar o treino com os reservas tricolores nas Laranjeiras

Nelson Perez / Fluminense F.C.

Ainda sem candidatos para a sucessão de Eduardo Baptista no comando técnico, o elenco do Fluminense retomou os trabalhos na manhã desta sexta-feira (26) com vistas ao duelo da próxima quarta-feira, contra o Friburguense, fora de casa. O auxiliar técnico Marcão, que atuou pelo Tricolor carioca entre 1999 e 2005, promoveu uma atividade com os reservas no CT das Laranjeiras.

Tentando aliviar o clima de tensão instalado pelas saídas do técnico Eduardo Baptista e do vice de futebol, Mário Bittencourt, além do afastamento do diretor Fernando Simone, Marcão propôs uma atividade de toque de bola e movimentação, organizando um minicoletivo em campo reduzido ao final dos trabalhos.

Ao passo que os reservas treinaram por pouco mais de uma hora debaixo de sol, os titulares nem apareceram no campo. Quem atuou na derrota para o Botafogo, em Cariacica (ES), no meio de semana, apenas trabalhou na sala de musculação para reforçar o físico. Diego Souza, Henrique e Cícero estavam no grupo. Já o goleiro Diego Cavalieri, cuja saída foi especulada durante a janela de transferências, realizou um treino separado ao lado dos preparadores.

No limite da zona de classificação do Grupo A, com apenas sete pontos, o Fluminense enfrentará o Friburguense na próxima quarta, quando já se espera pelo anúncio do novo comandante. Pregando calma para definir um novo nome, o presidente Peter Siemsen encarou com bons olhos a possibilidade de contar com Cuca, desde que os termos sejam comuns às condições do clube.

Outro nome veiculado nos bastidores para voltar às Laranjeiras é o de Abel Braga, que ao longo de 2015 desenvolveu trabalhos no mundo árabe. O treinador é um nome querido no Fluminense e, em ano de eleição, sua contratação pode ser uma boa estratégia para agradar a diferentes setores do conselho do clube. 

Presidente – O anúncio da demissão do vice-presidente de futebol Mário Bittencourt, na quinta-feira, antecipou a discussão sobre o processo eleitoral no Fluminense. O presidente Peter Siemsen, que não pode tentar um novo mandato no pleito previsto para o fim do ano, vinha ficando incomodado com a intenção de seu homem-forte do futebol de ser candidato. Assim, vinha trabalhando para tirá-lo do clube e o mau momento do time auxiliou.

A gota d´água para a saída de Mário foi no domingo passado, em Brasília (DF), onde o Tricolor perdeu de 2 a 1 para o Flamengo. O vice-presidente de futebol foi até a porta do hotel onde os jogadores estavam hospedados para cumprimentar torcedores que levaram faixas pedindo a sua candidatura. Peter presenciou a tudo e decidiu que seu vice seria afastado na primeira oportunidade. O dirigente só não fez o anúncio após o Fla-Flu por conta do clássico contra o Botafogo, disputado na quarta-feira e que terminou com triunfo alvinegro por 2 a 0.