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O atacante Ari se destacou atuando pelos gramados do país-sede da Copa
Divulgação / Lokomotiv
Nascido em Fortaleza e há sete anos na Rússia, o atacante Ari pode defender a seleção anfitriã da Copa do Mundo de 2018. Mais de nove mil quilômetros separam Fortaleza, capital do Ceará, de Moscou, capital da Rússia. Além da considerável distância, as duas cidades também são diferentes em diversos aspectos. Enquanto Fortaleza possui algumas das praias mais visadas por turistas estrangeiros, Moscou é conhecida por seu clima gélido, muitas vezes abaixo de 0ºC. Quem poderia imaginar, então, que um cearense nascido em Fortaleza faria da Rússia sua casa, e, de quebra, vestiria a camisa do país em uma Copa do Mundo?
A curiosa história faz parte da trajetória de Ariclenes da Silva Ferreira, conhecido no mundo do futebol como Ari, ou “Arigol”, e que hoje é um típico “russo”. Vivendo há mais de sete anos no país conhecido pela produção de bebidas destiladas e pela revolução russa, Ari conseguiu o que poucos jogadores brasileiros tiveram o privilégio: um passaporte russo e a chance de disputar a Copa do Mundo de 2018, na Rússia, vestindo as cores do país anfitrião.
“Sempre tive o sonho de ser jogador profissional, de dar entrevista, jogar no Flamengo, ir para a Europa, jogar na Seleção Brasileira… estou há oito anos na Rússia, não consegui chegar no Flamengo, mas cheguei na Europa. Trilhei um caminho muito bacana. Agora tenho a possibilidade de jogar uma Copa pela Rússia”, comentou Ari, em entrevista exclusiva à Gazeta Press.
Artilheiro e campeão do Campeonato Cearense de 2005, Ari deixou o Fortaleza, clube que o revelou para o cenário nacional, em 2006, quando se aventurou no Kalmar, equipe da Suécia. Em seguida, atuou no AZ Alkmaar, da Holanda, por três temporadas, e lá conquistou o campeonato nacional da temporada 2008/09. Foi em 2010, somente cinco anos após ter dado os primeiros passos como jogador profissional, que Ari se viu jogando no futebol russo.
“Caso consiga esse objetivo (disputar a Copa pela Rússia), será um dos sonhos realizados. Chegar num país como a Rússia, se adaptar ao futebol, a cultura daqui, não é nada fácil. É tão frio, com tanto trânsito, uma cultura totalmente diferente do Brasil. É inexplicável. É o sonho de qualquer atleta. Acredito que com trabalho ainda posso alcançá-lo. O primeiro passo foi dado. O resto é consequência”, afirmou Ari.
E o primeiro passo, destacado pelo jogador, teve início em 2013, quando o técnico italiano Fabio Capello, campeão da Liga dos Campeões sob o comando do Milan na temporada 1993/94, fez um convite ao atacante brasileiro: naturalizar-se russo e defender a seleção local. A indicação de Ari foi feita por um companheiro russo de Krasnodar, mas o convite veio da boca do próprio treinador.
Apesar de ter a possibilidade de vestir a camisa da Rússia e jogar sua primeira Copa do Mundo aos 32 anos, Ari ainda mantém os pés no chão, muito por conta de não ter recebido nenhum contato da nova comissão técnica do país.
Uma história de sucesso na Rússia
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