O major da Polícia Militar Joelmir dos Santos, lotado no Comando de Operações Especiais (COE), que foi sequestrado por bandidos no início da tarde de domingo, após se perder no Anaia, em São Gonçalo, e resgatado horas depois por agentes da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), disse em depoimento na Divisão de Homicídios de Niterói (DH) que foi torturado e agredido com socos e pontapés.
Ainda segundo o depoimento do oficial, assim que percebeu que estava perdido foi logo abordado por homens armados de fuzil. O militar, que estava de carro com a mulher, também sequestrada, disse ainda que depois de ser agredido foi colocado no porta-molas de um veículo e que os criminosos deram várias voltas com ele na comunidade e falaram que iam levá-lo para a favela do Salgueiro, onde seria esquartejado. Depois, o carro dele seria queimado.
No depoimento, o militar disse ainda que os bandidos pegaram o cartão de crédito dele com a senha para efetuar saques em agências bancárias.
O resgate do militar, que foi feito pela Core, só aconteceu porque a polícia civil recebeu um chamado dizendo que um policial havia sido sequestrado e levado para o interior da favela.
Inicialmente, a polícia recebeu a informação de que o homem sequestrado era um policial civil da Core. Uma grande operação foi montada e com o auxílio de um helicópero os agentes conseguiram encontrar o policial. Houve um breve troca de tiros e os bandidos fugiram em direção à mata. A mulher do policial militar também foi encontrada e resgatada.