Cabral diz que joia da esposa foi apenas um presente

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O ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, em depoimento prestado nesta segunda-feira (5) ao juiz federal Marcelo Bretas, manteve a sua versão de que a joia de 220 mil euros foi um presente à sua mulher Adriana Ancelmo dado pelo proprietário da construtora Delta, Fernando Cavendish. Ele negou ter participado de esquemas para direcionamento de licitações e afirmou não ter recebido qualquer tipo de propina relacionada à reforma do estádio do Maracanã e às obras do PAC das Favelas e do Arco Metropolitano.

O depoimento ocorreu no âmbito da Operação Crossover, desdobramento da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro, em que o Ministério Público Federal (MPF) denuncia 20 pessoas. Sérgio Cabral é apontado como líder de uma organização criminosa que arrecadava propina durante o período em que ele foi governador. Em outros três processos, Cabral já foi condenado em primeira instância com penas que somam 72 anos de prisão. Atualmente, ele está na Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, na zona norte do Rio de Janeiro.

Sobre o Maracanã, Cabral leu os nomes de membros da comissão de licitação e afirmou não ter feito nenhuma indicação e nem ter relacionamento com nenhum deles. “Eu nunca indiquei nenhum membro da secretaria de Obras. O meu então vice-governador Pezão foi nomeado por mim secretário de Obras. E, do mesmo jeito como nas demais pastas, eu dei autonomia a ele para que nomeasse a sua equipe”, acrescentou.

Até o fechamento desta edição, o governador Fernando Pezão não havia se pronunciado sobre as declarações de Cabral à Justiça.