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O presidente Jair Bolsonaro participou ontem da transmissão do cargo ao ministro da Defesa, Fernando Azevedo
José Cruz/Agência Brasil
O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, anunciou nesta quarta-feira (2) a exoneração de cerca de 300 servidores comissionados da pasta. Segundo o ministro, o objetivo é iniciar um processo de “despetização”. A medida, de acordo com ele, é promover uma “adequação” dos funcionários com o governo Jair Bolsonaro.
“Vamos retirar de perto da administração pública federal todos aqueles que têm marca ideológica clara. Nós todos sabemos do aparelhamento que foi feito principalmente do governo federal nos quase 14 anos que o PT aqui ficou.”
“Nós vamos despetizar o Brasil”, disse Onyx. “Precisamos ter uma relação zerada. Governo é novo, ou afina com a gente ou muda de casa.”
Para o ministro, a medida deveria ter sido tomada há mais de dois anos, quando o então presidente Michel Temer assumiu o governo após o impeachment de Dilma Rousseff.
De acordo com Onyx Lorenzoni, se o funcionário quiser permanecer na administração pública será avaliado pela atual gestão, período que deve durar duas semanas. “Competência é questão número um. O que nós vamos buscar é retirar desses cargos quem é antagônico ao nosso projeto”, disse.
O ministro informou que o Poder Executivo tem, ao todo, 120 mil cargos comissionados. Nesta quinta, às 9h, está marcada a primeira reunião ministerial do presidente Bolsonaro com a equipe para tratar da reforma administrativa.A reunião ocorre após a publicação da Medida Provisória (MP) 870, que define a reestruturação do governo e os detalhes sobre as atribuições de cada pasta e prioridades das áreas específicas.
Ordem e hierarquia - Ao participar da cerimônia de transmissão de cargo do Ministério da Defesa, o presidente Jair Bolsonaro disse que os brasileiros querem ordem, hierarquia e progresso. Durante o discurso, Bolsonaro afirmou que sua gestão não haverá “ingerência político-partidária”.
“A situação que o Brasil chegou é uma prova inconteste de que o povo, em sua grande maioria, quer hierarquia, quer respeito, quer ordem e quer progresso. Nós queremos o bem para o Brasil. Mas, do que defender a Pátria, o que nós queremos é fazer essa Pátria grande, e só faremos se tivermos do nosso lado equipe onde todos conversam entre si, onde não há ingerência político-partidária, que lamentavelmente, como ocorreu nos últimos 20 anos, levou à ineficácia do Estado e nossa triste corrupção”, disse Bolsonaro
Governo exonera cerca de 300 comissionados
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