TJ-RJ libera dados de processo que envolve Rodrigo Neves

Política
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O advogado niteroiense Marcelo Lesniczki de Campos, fundador do Movimento Cidadão Fiscal em Niterói, que foi candidato a deputado estadual pelo Novo nas últimas eleições, teve acesso a dados do processo corrente no Tribunal de Justiça do Estado do Rio, ligados ao caso do prefeito preso preventivamente Rodrigo Neves (PDT). 

Campos revelou que pretende tornar públicas as informações, mas explicou que ainda não teve tempo hábil para analisar todos os arquivos. Segundo ele, já foi possível verificar algumas mensagens do celular de Marcelo Traça, ex-vice-presidente da Fetranspor, cuja delação premiada serviu de base para a realização da Operação Alameda, que prendeu Neves. 

Campos afirma que mensagens teriam sido enviadas do telefone celular de Traça para Domício Mascarenhas, também preso, suposto operador de Neves no esquema envolvendo consórcios do transporte de Niterói, e outros membros da administração municipal.

Campos só conseguiu salvar os arquivos utilizados como prova no caso após o desembargador Luiz Noronha Santos, do 3º Grupo de Câmaras Criminais do TJ-RJ, emitir, em despacho na última semana, parecer favorável à sua petição de acesso. Segundo ele, advogados do escritório de Técio Lins e Silva, que lideram a defesa de Neves, teriam tentado impedir seu acesso às provas.

Campos explicou que está trabalhando para disponibilizar os arquivos aos quais teve acesso o mais rápido possível. A aferição das mensagens, no entanto, não é tão simples. Segundo o advogado, para ler e salvar todas as mensagens, é necessário um software especial, o que dará mais trabalho. Além disso, as mensagens estão disponibilizadas das mais recentes para as mais antigas, o que dificulta o processo fazendo ser necessário um verdadeiro “pente-fino”, segundo ele. Além do celular de Traça, Campos afirma que mensagens do celular  de Jacob Barata Filho também estão entre os arquivos adquiridos. 

Uma fonte da defesa de Rodrigo Neves afirmou que esta é apenas uma tentativa de fazer política fora de época. Ele também acredita que não houve cautela por parte do TJ-RJ.

“Estão fazendo política eleitoral com pedaços de processo destacados de seu contexto original. Se estes dados estavam de posse do MP, por que jamais ouviram o prefeito? Os processos têm a natureza de serem públicos, mas o relator havia guardado sigilo. Foi uma falta de cautela expor desta forma”, declarou