Destino místico

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O vale sagrado de Machu Picchu, no Peru, possui muitos mistérios e é considerado uma das Sete Maravilhas do Mundo Moderno

Foto: Reprodução da internet

Alguns lugares que possuem natureza abundante, proporcionando extrema conexão com a terra, além de histórias encantadoras, são considerados místicos, perfeitos para quem busca boas vibrações, purificação e a possibilidade de uma viagem interna espiritual. 

A cerca de 160km da capital fluminense, o Arraial do Sana, distrito de Macaé, é considerado “o paraíso das águas” e atrai muitos turistas, principalmente do Estado, que querem paz, respirar ar puro e se energizar nas águas das diversas cachoeiras que contornam a pequena e rústica vila. Muito famoso pelas boas vibrações, embaladas pelo melódico som da natureza e pelas noites de forró e reggae, Sana já foi considerado um dos melhores destinos para se visitar no Rio de Janeiro.

O vilarejo é místico até no nome. Segundo contam alguns moradores locais, “Sana” tem origem na sociedade alternativa que o compositor e cantor Raul Seixas tentou fundar na região, a “Sociedade Alternativa Novo Aeon”. Novo Aeon deu nome ao terceiro disco do músico e “aeon”, em alguns sistemas gnósticos, diz respeito a um “ser primordial”. 

Fellipe Silva Gomes, 22, se apaixonou por Sana aos 12 anos, quando conheceu a região com a mãe. Desde então, retornou inúmeras vezes. 

Uma das principais portas de entrada para a Chapada dos Veadeiros, Alto Paraíso de Goiás, é o destino místico do Planalto Central, com belezas naturais energizantes

Foto: Reprodução da internet

“A simplicidade do Sana é o que o torna especial. Além da natureza rica em diversidade botânica e animal, as pessoas que frequentam possuem astral e simpatia positivos, tornando a purificação energética não só ambiental, mas também social. Por estar fora do ritmo acelerado da cidade grande, as idas ao Sana sempre foram determinantes em certas escolhas na minha vida. Lá, de fato, estou bem comigo mesmo, e assim, bem espiritualmente”, revela. 

Ainda no País, mas a 1.384,3km do Rio, Alto Paraíso de Goiás, uma das principais portas de entrada para a Chapada dos Veadeiros, é considerado o destino místico do Planalto Central. Para se ter uma ideia, existe no subsolo da região uma placa geológica de cristal de quartzo, com mil metros quadrados, que pode justificar toda o misticismo do lugar e que tem atraído em cheio os turistas. A Chapada foi destino de Camila Coubelle, 35, em maio deste ano, por oferecer diversas opções de cachoeiras com diferentes tamanhos de queda e tonalidade das águas, como a Cachoeira de Santa Bárbara, considerada uma das mais bonitas do Brasil. Para ela, a região transmite paz, e, justamente por estar em cima de uma placa de cristal de quartzo, é um excelente destino para se energizar.

“Eu voltei da Chapada dos Veadeiros me sentindo totalmente renovada e revigorada. O silêncio presente possibilita momentos de reflexão, entendimento e conexão com você mesmo, sempre com um horizonte lindo à vista, principalmente durante o pôr do Sol”, destaca Camila, que já vivenciou a força milenar da Floresta Amazônica e percorreu o Caminho da Luz, uma rota de peregrinação brasileira de 200km no Leste de Minas Gerais.

O Arraial do Sana, distrito de Macaé, é considerado “o paraíso das águas” no Estado e teve origem na sociedade alternativa que Raul Seixas tentou fundar na região

Foto: Divulgação / Camila Coubelle / Vida Sem Paredes

O Paralelo 14 – localizado no 14º grau ao sul do plano equatorial terrestre –, que cruza Alto Paraíso, também passa pelo vale sagrado de Machu Picchu, no Peru. A cidade inca foi construída no século XV e permaneceu oculta durante cinco séculos. Entre restos de construções, muito mistério envolve o sítio arqueológico, considerado uma das Sete Maravilhas do Mundo Moderno. Para chegar lá, é possível percorrer a Trilha Inca ou a Trilha de Salkantay, e também fazer um percurso mais leve a partir da cidade-base Águas Calientes. 

Para Camila Carvalho, 24, Machu Picchu é o lugar no qual mais amou estar em toda a sua vida. A jovem, que estava há dois meses vivendo no Peru, decidiu que a cidade inca fecharia com chave de ouro sua experiência andina. Desde a cidade-base, antes de entrar no parque, já sentiu uma energia especial.  

“Passei muitas horas no parque, quis desbravar cada cantinho e reparar cada detalhe. Machu Picchu impressiona muito! E, além disso, tem uma energia superforte, que me fez sentir abraçada, abençoada. Em certo momento, senti uma conexão tão forte com o vale sagrado, que fui às lágrimas, sentada em uma pedra olhando a grandiosidade da paisagem. Por todo o meu tempo ali dentro fui agradecendo e me conectando com o meu interior. Essa viagem me proporcionou o fechamento de um ciclo. Foi um momento intenso de autoconhecimento, de conexão com meus valores e minhas crenças”, relembra saudosa.