Meu ano 10

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Arthur Duarte da Costa: primeira vez em O FLU Revista ele tinha apenas 10 meses

Foto: Marcelo Feitosa

Em comemoração ao 10º aniversário de O FLU Revista, niteroienses celebram com a gente realizações pessoais que também estão completando uma década este ano. Segundo a numerologia, o dez representa positividade e o início de um ciclo harmonioso. A grandeza desse algarismo pode ser vista em vários momentos simples da vida, como nos aprendizados da infância, quando aprendemos a contar e até mesmo nas passagens bíblicas, onde temos os dez mandamentos de Deus. Por isso, desde que o homem percebeu o valor simbólico do numeral, dificilmente os acontecimentos passam em branco no calendário.

Somando quatro entrevistas (contando com essa) em O FLU Revista ao longo de sua carreira, o mixologista e consultor de bebidas, Bruno Simões, de 31 anos, é figura conhecida nos polos gastronômicos da cidade e também tem motivos de sobra para comemorar. Com 10 anos de experiência, o criador do famoso drinque Herbert Richers revela que seu interesse pela profissão surgiu por intermédio do pai, que foi proprietário da primeira uisqueria da cidade. Hoje, Bruno confessa que nem de longe imaginou que seria possível se firmar neste mercado.

“Meu desejo era trabalhar em cruzeiros como bartender, por isso, me matriculei no curso e, em três meses, já estava trabalhando em uma boate em Itacoatiara. Porém, meus sonhos eram maiores, então, passei a observar as preferências do público alvo e aprendi a fazer consultoria com um ótimo profissional da área. Em pouco tempo, expandi minha lista de clientes e fui convidado para montar a carta de drinques de diversos estabelecimentos de Niterói e do Rio. Avaliando essa década que  passou, acredito que atualmente tenho mais potencial mercadológico e meu foco é sempre evoluir e me qualificar ainda mais”, afirma Bruno Simões.

Com a designer de interiores Isabel Pinheiro, 48, o cenário não é muito diferente. “Comemorar a aprovação em uma prova, o fim de um projeto bem-sucedido, um mês de namoro ou uma efetivação é ótimo, mas nada se compara ao prazer de saber que você permaneceu dez anos em um determinado foco e não desviou. Acredito que ao recordar cada etapa que passamos durante o percurso, notamos que toda a trajetória valeu a pena, até mesmo os obstáculos”, atesta ela que celebra, neste mês, o décimo aniversário de seu escritório em Niterói. 

Com inúmeras apresentações no currículo, o DJ Victor Ribeiro, 27, não pensava que o curso de produção musical que fez aos 15 anos poderia ser determinante para seu futuro profissional. Depois de tentar conciliar outros empregos com a rotina de DJ, hoje, Vitor se dedica integralmente à carreira e completa 10 anos de estrada. Mesmo com a agenda lotada, a comemoração em Niterói já está garantida.

Foto: André Redlich


O DJ Victor Ribeiro comemora dez anos de estrada fazendo muito sucesso animando as pistas de dança de Niterói e do Rio

Costumo dizer que tive muita sorte, porque toquei pela primeira vez aos 17 anos em uma casa de festas na Cantareira. Na ocasião, fui convidado de última hora para a vaga de um DJ que havia desfalcado a equipe naquele dia. Desde então, fui batalhando pelo meu espaço e levo muito a sério a profissão. Meu prazer é saber que passei uma década da minha vida divertindo as pessoas e contagiando o público com meu som”, revela Victor.

Já para João Pedro de Abreu Miranda, que está completando 10 anos, esta primeira década tem um significado especial: superação. Há sete anos, ele sofreu traumatismo craniano após cair de uma altura de aproximadamente quatro metros. Na época, as chances de recuperação eram poucas, mas João deu a volta por cima, já está na escola novamente, joga futebol e há sete meses ganhou uma irmã, a Lara. O “pequeno grande homem” também já esteve nas páginas de O FLU Revista, quando se recuperava do acidente. Ele participou de uma matéria falando sobre os benefícios da hidroterapia.  

“Foram momentos difíceis porque ele passou 39 dias em estado vegetativo e depois precisou aprender ações simples como sentar, falar, comer e andar. Foi necessário muito estímulo para chegar ao resultado esperado. Contudo, o João demonstrou ser uma criança com ótima capacidade de aprendizado e venceu todas as limitações impostas pelo acidente. Foi a força dele que nos motivou a aumentar a família”, conta o pai de João, Mario Ferreira Miranda, 43. 

Quem também comemora o seu ano 10 é Arthur Duarte da Costa, que teve foto publicada em O FLU Revista aos 10 meses, em outubro de 2005. Cursando o 5º ano do ensino fundamental, o menino se prepara para uma virada estudantil. Em 2016, ele vai para uma nova escola. Como toda criança, Arthur tem seus hobbies preferidos: se divertir com os amigos, jogar videogame, navegar na internet e desenhar. Por enquanto, sonha ser um grande inventor no futuro. 

Unidos desde os tempos de adolescência, os amigos Milton Cardoso, 32, Eric Morse, 29, Diogo Assef, 32, Thiago Assef, 31, Flávio Rodrigues, 33, Carlos Hudson, 32, Júlio Escobar, 30, Glauber Nazario, 31, e Felipe Rodrigues, 29, comemoram, agora, dez anos de amizade. Desde 2005, se encontram todos os domingos para jogar RPG, sigla em inglês da expressão Role Playing Game. A brincadeira, que começou na escola, passou a fazer parte da rotina dos rapazes. 

“A gente sempre torceu para que a união do grupo durasse por vários anos. Hoje, embora cada um tenha sua responsabilidade, separamos cinco horas do nosso domingo para o lazer que cultivamos. Essa é uma forma de manter a amizade e fugir do estresse, porque quando estamos juntos nos divertimos muito e levamos a sério as táticas do jogo. Inclusive, a brincadeira rola com som ambiente e temos até trilha sonora. A verdade é que o tempo passou, mas nosso hobby continua”, conta Milton, que recebe os amigos toda semana em sua casa.

Para o casal de publicitários Lívia Falcão, 28, e Bruno Trindade, 27, o ano 10 chega em clima de romance, já que em outubro irão comemorar uma década juntos. A história do casal começou no último ano do ensino médio e foi parar no altar, mas eles asseguram que na época nunca suspeitaram que uma amizade de escola resultaria em um relacionamento duradouro. Ao recordarem os momentos alegres e os percalços da vida a dois, dizem, com segurança, que o amadurecimento foi o principal alicerce da relação.

“Sinto que ainda somos os mesmos em muitas situações e, às vezes, percebo que poucas coisas mudaram, já que permanecemos parceiros e amigos um do outro. Porém, hoje moramos juntos e sabemos exatamente as dificuldades que passamos até chegarmos aqui. Depois do colegial também estudamos na mesma faculdade, mas éramos de turmas diferentes, o que foi ótimo porque mantivemos o mesmo ciclo de amizades. O tempo nos ajuda a avaliar aquilo que realmente é importante e o que vale ser preservado na relação e na vida”, afirma Lívia.