Nem umas nem ostras

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Colaboração: Romeu Valadares

As matizes, em torno das quais vão crescer as ostras, chamadas comumente de sementes, têm o tamanho de um grão de areia, e desde 1983 são produzidas no laboratório de Moluscos Marinhos da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina). O desenvolvimento da ostreicultura deve seu sucesso a essa iniciativa, as fazendas compram as sementes, colocam nos berçários, em caixas específicas onde passam entre 15 e 20 dias, depois são peneiradas, e as que ficarem na malha, que terão 3cm, já vão para a primeira “lanterna”, como são chamados os cestos de tela em forma de lanterna chinesa, com divisórias formando prateleiras.

Da semente ao tamanho ideal para consumo são aproximadamente 8 meses. Em outubro passado foi detectada a presença de algas com a toxina PSC (Paralytic Shelfish Poisoning) na costa de Santa Catarina, e já que ostras, mexilhões, vieiras e berbigões podem se contaminar, a Secretaria de Estado da Agricultura e Pesca interditou o cultivo e comercialização em todo o Estado. A toxina pode causar diarreia, náuseas, vômitos e em casos severos, em maiores concentrações, paralisia generalizada e até morte.

Os testes foram intensificados, as autoridades estão acompanhando de perto o problema e tão logo as áreas livres do problema sejam identificadas, serão liberadas para a comercialização. Enquanto isso, já que Santa Catarina produz 95% da ostra consumida no Brasil, o melhor é dar um tempo, sem pânico, até porque as fazendas não terão que descartar o produto; com a regularização da situação, os moluscos irão se purificar normalmente. Na Ilha Grande para o feriado, pensando estar protegido pela criação local, descobri que tem gente pulando o degrau da criação, comprando ostra pronta, mergulhando em áreas de criação e tirando conforme se efetuam as vendas. Nada contra, pois se elas chegam de avião vivas e continuam sua vida nas águas de Angra, tudo bem, chato mesmo é a boa e velha falta de transparência, desagradavelmente agarrada na nossa vida, feito craca em casco de barco.

Feira de vinho - Toda vez que alguém manifesta interesse em saber mais sobre vinhos, indico sempre 3 opções: provar, provar e provar! Ler e estudar é importante para aprender sobre qualquer assunto, mas no vinho a melhor escola ainda é a comparação, que se faz entre o que se prova, daí a importância das feiras. Não se vai a uma feira para beber muito e sim provar muito. Nessa próxima quinta-feira, dia 16, teremos uma ótima oportunidade em pleno Plaza Shopping, a MondoVino vai apresentar aproximadamente 50 rótulos de seu portfólio para prova. O evento será na área de sua loja, com vista para baía, entre as 19 e 22 horas. Os ingressos custam R$ 50 e serão vendidos na loja até o dia 15, não haverá venda na hora do evento. Nos vemos lá!