Pops demais!

Revista
Tpografia
  • Mínimo Pequeno Médio Grande Gigante
  • Fonte Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

Bu Charlotte é uma estrela do Instagram, com perfil cheio de fotos de seu cotidiano

Foto: Douglas Macedo

As redes sociais, além de terem a função de informar, nos fazem rir, chorar e conhecer novas pessoas. E o que falar dos animais que são verdadeiras estrelas das redes sociais, com seguidores sempre atentos às novas postagens? Presentes sobretudo no Instagram, esses bichinhos seguem o modelo dos influencers, ou influenciadores, humanos. Sua rotina é registrada praticamente a cada passo. Valem cliques na hora do banho, durante um mergulho na piscina, uma tarde preguiçosa no sofá, uma visita ao veterinário... Até presentinhos esses animais ganham de marcas parceiras! Outra coisa em comum com os perfis humanos são os textos que acompanham as fotos, que esbanjam humor e revelam a personalidade de cada instagrammer de quatro patas (ou com penas, depende).

Como todo influenciador que se preze, Bu Charlotte, de 2 anos, é estilosa, e costuma desfilar seu charme e beleza diariamente pelas ruas de Niterói. Na sua conta do Instagram, Bu conta com mais de 4 mil seguidores, que acompanham a rotina e os passeios da cachorrinha, adotada pelos filmmakers Jéssica Bonfioli e João Oberlander, ambos com 23 anos. Usando diferentes lacinhos para compor o visual e coleiras coloridas, Jéssica resolveu criar uma conta exclusiva para a Bu no Instagram e, aos poucos, os seguidores foram surgindo.

“Comecei a fazer o perfil da Bu no Instagram porque ela era muito bonitinha quando filhote. Percebemos que estávamos começando a encher os nossos celulares de fotos dela. A partir disso, pensamos em fazer uma conta lá, nem era para ficar famosa, era só para deixar registrado mesmo. Aí as pessoas e outros pets que têm perfil começaram a curtir muito as fotos dela. Comecei a tirar foto com câmera profissional mesmo, meio que ensaios. Tem vezes que saímos e gastamos mais com eles do que com a gente. Compramos roupinhas e coleiras até pra terem fotos com coisas diferentes no Instagram”, conta a “mãe” da Bu (como ela mesma se define), que, depois, também adotou o Theo, que, junto com Bu, teve um filhote, Nino.

“Tentamos fazer uma conta para o Theo também, mas ele não gosta muito de ser fotografado. Nós seguimos muito os outros perfis de animais porque eles dão muitas dicas e acabamos aprendendo muito sobre cuidados. Muitos também fazem sorteios de coisas pet”, completa João.

Abigail é o primeiro porco no Brasil a ganhar um perfil nas redes sociais. Hoje, ela tem quase 9 mil seguidores

Foto: Arquivo pessoal

Na contramão dos pets tradicionais como cães e gatos, o biólogo Guilherme Lopes, de 28 anos, adotou a porquinha Abigail, no fim do carnaval do ano passado. Ele conta que criou a rede social para Abigail porque, ao tentar achar formas de como cuidar de uma porquinha na internet, não localizou nenhum perfil no Brasil. Quis ser o pioneiro.

“Criei a rede social para Abigail, porque, na pesquisa de como era criar um porco, vi que existiam três perfis famosos nos EUA e nenhum no Brasil. Então, acreditei que seria um boa oportunidade de fazer algo inovador, criei a conta da Abigail onde ela ‘fala’ do dia a dia dela, defende os direitos dos animais e fala sobre vegetarianismo. Ensino muitas pessoas sobre o cuidado com os minipigs, adestramento de animais e sobre como desenvolver um perfil no Instagram. Frequentemente me chamam de pai da porca, eu adoro essas coisas. Todos ficam curiosos querendo saber a diferença de um cachorro”, conta.

Essa curiosidade das pessoas também surpreendeu Guilherme. Acostumado com animais, ele tenta, além de mostrar o dia a dia de Abigail, quebrar alguns preconceitos que as pessoas têm em relação aos porcos.

“Sou formado em biologia, adoro bichos e os porcos sempre me chamaram a atenção. Primeiro porque eles são um dos animais mais inteligentes que existem e são extremamente limpos, mas existem diversos preconceitos. Além disso, gosto de desafios e me coloco em situações diferentes, a porca serve muito pra isso. E terceiro que eu estava saindo de uma depressão e entendi que cuidar de um bicho me ajudaria. Os porcos são bichos muito simples, só precisam ser bem acompanhados se não ficam rebeldes, se der carinho são bem companheiros. Fora isso, é igual a um cachorro, são capazes de serem treinados para diversos truques. Abigail anda sem coleira junto comigo, sabe sentar, dar a patinha, entre diversos outros aprendizados”, revela.