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Atenção quanto à sustentabilidade do projeto é hoje uma preocupação de arquitetos quando planejam piscinas

Foto: Divulgação

É verão, época de calor e um bom momento para oferecer aquela festa, dar um mergulho, refrescar-se, chamar os amigos para se divertir e impressionar o crush. Mas aí você percebe que o que deveria ser um paraíso – no caso, a sua piscina – está, na verdade, bem caidinha, velha e sem vida. O que fazer?

Para as arquitetas Anna Beatriz Fadul e Deise Matuara, antes de mais nada, é necessário preparar algo com qualidade e durabilidade. O cliente que deseja transformar a piscina deve deixar claro ao arquiteto suas ideias e buscar algo prático e cômodo.

“O primeiro passo é procurar bons materiais. Além disso, penso sempre em ter o cuidado de atender o cliente com praticidade, naturalidade e conforto. Sempre atento meus clientes a pensar em sustentabilidade, conforto e bem-estar. Dessa maneira, além de ajudar o próprio meio ambiente, conseguimos garantir ao ambiente uma maior durabilidade, ou seja, uma economia futura. Acredito que as piscinas dão charme, agregando um maior valor à casa. Elas devem acompanhar tendências de formas e cores que estão em alta no mercado. Por essa razão, é muito importante lidar com bons profissionais e fornecedores”, alerta Anna, que destaca ainda que tipo de piscinas estão em alta, além de dar destaque ao valor da segurança. “O que há de mais moderno é trabalhar com piscinas que não possuam ralos, sem quinas e com materiais que garantam impermeabilização. Isso sem deixar de lado o fato de que piscinas precisam ser sempre seguras. Unir rapidez na execução, praticidade e inovação é sempre um desafio. Do ponto de vista do arquiteto, é preciso atender o cliente, trabalhando bem a área que ele tem, ou seja, trabalhar as tendências arquitetônicas priorizando as necessidades do cliente. Assim, sempre que possível, busca-se construir uma piscina com várias finalidades, como, por exemplo, uma que possua uma parte de deque molhado para relaxar, outra parte para nadar e mergulhar”, explica a arquiteta.

Anna fala, ainda, da preferência em iniciar um projeto do nada, por oferecer ao profissional mais liberdade na criação do espaço, e aproveita para falar sobre os acessórios que dão um toque especial a qualquer piscina, como foi utilizado na revitalização de um espaço.

Neste projeto, deques foram construídos em diferentes níveis, criando iluminação por baixo que dá o efeito de que tudo está flutuando

Foto: Divulgação

“É sempre bom trabalhar do zero, pois possibilita projetar com técnicas diferenciadas e evolutivas. A piscina da exposição foi uma reforma a partir de algo já existente. O tamanho me permitiu projetar o deque molhado, uma ‘prainha’, fiz em ondas e com alguns degraus. Prefiro trabalhar com um conceito conhecido no meio como ‘Piscina Evolutiva’, que utiliza um equipamento que facilita na manutenção. Essa piscina leva esse equipamento, que fica pronto para receber outros itens como nado contra corrente, iluminação de led, coberturas de segurança automáticas, aquecedor e também pode ser utilizado com água salgada. A missão era construir um ambiente que permita desfrutar do momento, da vista. Por isso, entreguei uma proposta capaz de proporcionar aconchego com uma membrana armada que não quebra, evitando risco de corte, que permite ter bordas arredondadas, sem quinas e arestas, além de ser antiderrapante, para atender ao bom gosto e a busca por conforto dos clientes. A preocupação com o respeito ao entorno fez parte de toda a planificação. Isso permitiu aproveitar até mesmo durante sua execução, especialmente pela praticidade da instalação”, finaliza Anna Beatriz Fadul.

Deise Maturana, por sua vez, fala quais os primeiros passos para se ter uma elegante e original piscina, além de dar dicas sobre o que está em alta e quais materiais trazem sofisticação na finalização de um projeto.

“Elas podem variar no tamanho, no formato e até no estilo, mas todas precisam proporcionar um momento de lazer e relaxamento. Para projetar é essencial ver o espaço livre disponível e o estudo da insolação que deseja ter em determinados horários. Como elas são permanentes, o ideal é optar por um design que agregue funcionalidade à estética. Hoje temos muitos materiais no mercado, mas o revestimento do momento é a Pedra Hijau, uma pedra ornamental, com variações de verde em sua coloração, ideal para piscinas, espelho-d’água e áreas molhadas em geral. O revestimento molhado realça os tons de verde deixando o ambiente ainda mais bonito e sofisticado”, conta a arquiteta, que deixa claro que um bom projeto é aquele que agrega funcionalidade extra ao trabalho, além da beleza. “A iluminação que serve para dar visão à noite transforma a piscina como um elemento arquitetônico. Neste projeto, optamos por uma escada que cria grandes degraus, que também podem ser usados como bancos, por exemplo”. 

Deise aproveita para falar sobre um projeto que foi elaborado para revitalizar uma construção já existente, dando um upgrade ao local. “Os clientes queriam algo mais moderno. A proposta então foi construir deques em volta da piscina existente, em diferentes níveis, criando uma iluminação por baixo, para dar um efeito como se estivessem flutuando. A pastilha antiga será substituída pela Pedra Hijau e a borda e seu entorno serão revestidos de placas cimentícias atérmicas”, conclui a profissional.