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João Soares diz que procurou Renata e a ajuda da Astrologia Védica em um momento em que estava perdendo tudo que mais amava, o que o levou a perder sua própria referência

Foto: Marcelo Feitosa

Amor, amizade, dinheiro. Basta uma dúvida - ou medo - com relação a estes assuntos para esticarmos o olho nas previsões prontas do “horóscopo do dia”. Isso não é um hábito tão atual quanto parece. Desde as mais remotas civilizações, o homem é instigado pela possibilidade de existir algum tipo de influência dos corpos celestes em sua vida, e essa possibilidade foi garantida pela Astrologia - largamente difundida no ocidente. Mas há quem diga que o que nós conhecemos como Astrologia do lado de cá do globo é novo se comparado ao que é milenarmente praticado do lado de lá.

Bernadeth Pombo, adepta da Astrologia Védica há 36 anos, diz que a tradição escrita começou há 5 mil anos, mas que a transmissão oral é muito anterior a isso - milhares de anos atrás.

“O verdadeiro nome da Astrologia Védica é Jyotish, um dos Vedangas, que corresponde a disciplinas agregadas aos quatro Vedas: Rig, Sama, Yajur e Atharva. É necessário muitos anos de dedicação e mestres qualificados para estudar os Vedas. Os Vedangas são formas de se aproximar do conhecimento védico por meio de ciências exatas, e Jyotish é uma delas. Jyotish significa a ‘Ciência das Luzes’ e reúne em si a Astrologia e a Astronomia”, explica a astróloga, que conta que o principal fator que difere a Astrologia Védica da Ocidental é a exatidão dos cálculos, pois segue a realidade astronômica. Esses cálculos proporcionam informações mais precisas no mapa astrológico. “Usamos dois zodíacos, um solar e outro lunar, num total de 36 signos que, de fato, são constelações e suas estrelas mais importantes. Acompanhamos a alteração terrestre de 51 segundos no movimento da precessão, o que modifica por completo a ideia de um zodíaco fixo, onde Áries começa obrigatoriamente no dia 20 de março. De acordo com Jyotish e seus cálculos precisos, Áries só tem início no dia 14 de abril e, em algumas décadas, já será outro dia”, expõe.

Silvia Regina, cliente de Bernadeth desde 1996, diz que a conheceu por indicação de uma amiga e que, na época, estava em busca de algo que a trouxesse algum esclarecimento sobre questões da própria vida. 

“Pelo mapa védico, foram-me mostradas formas de enxergar os pontos principais, com detalhes, das diversas áreas, profissional, pessoal, espiritual. O que muito me ajudou, principalmente em fases onde as dificuldades eram grandes. Na leitura do primeiro mapa (já fiz vários), a Bernadeth comentou sobre o aspecto profissional, onde se mostrava uma grande evolução, incluindo a ocupação de cargo de liderança. Isso, para mim, na época, era quase que impossível. No entanto, cinco anos depois, isso se concretizou de forma muito natural”, lembra Silvia.

Todas as análises são possíveis através do mapa, mas, de acordo com a astróloga védica Renata Neme, a necessidade do cliente exerce uma função importante na escolha do tipo de mapa que irá se trabalhar. Ela aponta quatro tipos de mapa: o mapa natal, que verifica a personalidade, dons, talentos, dificuldades, karma, família, etc; o mapa anual lunar ou solar; a sinastria, que é a combinação de mapas, usada especialmente para relacionamentos afetivos e familiares; e a astrologia eletiva, chamada de “muhurta”, para quem busca o melhor momento para iniciar uma atividade.

“Na maior parte dos casos, especialmente na observação do mapa natal, analisamos o ascendente, o Sol e a Lua, além dos demais planetas, verificando se estão fortes ou fracos no mapa. Avaliamos, também, os períodos planetários que influenciam a vida daquela pessoa, possibilitando fazer, inclusive, previsões”, conta Renata, que também explica que, quando se verifica alguma dificuldade ou fragilidade, ela receita o que chama de ‘remédios’ - mantras, meditações, uso de pedras, cores, contato com a natureza.

Na Astrologia Védica, os signos lunares - total de 27 - são tão importantes quanto os solares e ajudam no autoconhecimento.

“A Astrologia Védica é uma ferramenta maravilhosa de autoconhecimento. Após a consulta, a pessoa sai mais confiante, mais consciente de si. Com isso, ela passa a ter consciência dos gatilhos que podem levar ao seu desequilíbrio, entendendo como buscar a harmonia e a lucidez”, conclui.

João Soares diz que procurou Renata em um momento em que estava perdendo tudo que mais amava, o que o levou a perder sua própria referência.

“Quando a procurei, estava num momento de profunda crise. Ela me assegurou que a crise passaria, deu datas, inclusive afirmando que eu teria um momento mais próspero a partir do meu aniversário. Meu aniversário passou e pouco depois recebi um dinheiro há muito esperado. Sem contar os momentos em que ela afirma: ‘cuidado, essa semana será de extrema irritação, procure se equilibrar’. E é certinho, sempre acabo tendo algum conflito naquele período”, relata.