Niterói enfrenta um crescimento alarmante da criminalidade, especialmente durante a noite, e moradores vivem uma sensação crescente de abandono e insegurança. Enquanto cidades vizinhas investem em patrulhamento noturno e reforçam efetivos, a cidade fluminense permanece com policiamento insuficiente, permitindo que criminosos atuem livremente nas ruas.
Dados recentes do Instituto de Segurança Pública mostram que nos últimos seis meses houve aumento de 12% nos roubos e 18% nos furtos em comparação com o mesmo período do ano anterior. Ao mesmo tempo, as prisões em flagrante diminuíram 25%, evidenciando a dificuldade das forças de segurança em conter a criminalidade. Moradores relatam episódios constantes de assaltos, arrombamentos e vandalismo, especialmente nas áreas centrais e nos bairros periféricos, onde a presença policial é quase inexistente à noite.
O descontentamento da população é visível. Comerciantes do Centro e da Zona Sul afirmam que o movimento noturno diminuiu devido ao medo. "Não dá para trabalhar à noite sem sentir que estamos vulneráveis. Precisamos de uma presença policial constante", relatou uma comerciante da Rua da Conceição.
Autoridades locais ainda contam com programas como Niterói Presente e o reforço eventual da Guarda Municipal, mas a cobertura atual é insuficiente para atender toda a cidade. Especialistas em segurança defendem que a prefeitura deve ampliar o efetivo do Programa Estadual de Integração na Segurança e criar novas estratégias de patrulhamento, incluindo equipes móveis e monitoramento em áreas críticas.
O alerta é claro: sem ação imediata, Niterói corre o risco de ver o aumento da criminalidade se consolidar, impactando diretamente a qualidade de vida de seus habitantes. A população exige que medidas sejam tomadas para garantir segurança de dia e de noite, fortalecendo a Guarda Municipal, ampliando o PROEIS e intensificando a presença de agentes em todos os bairros, protegendo cidadãos e estabelecimentos comerciais.
A hora de agir é agora. Niterói não pode continuar entregue à própria sorte enquanto a criminalidade cresce sem freios e moradores vivem com medo constante.