A Polícia Federal informou que poderá suspender a emissão de passaportes a partir de 3 de novembro devido à falta de recursos orçamentários. O diretor-geral do órgão, Andrei Rodrigues, solicitou ao governo um aporte de R$ 97,5 milhões para manter o funcionamento do serviço, alertando que “não haverá outra alternativa a não ser a paralisação”.
O ofício foi enviado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública e ao Ministério do Planejamento, destacando que 95% dos recursos disponíveis já foram comprometidos com a emissão de passaportes e o controle do tráfego aéreo. Rodrigues pediu urgência na suplementação, ressaltando que a interrupção pode gerar reflexos negativos para o governo e prejudicar a sociedade.
Sem recursos adicionais, a PF não conseguirá honrar contratos com a Casa da Moeda para emissão de passaportes, além de comprometer serviços terceirizados de controle em fronteiras e aeroportos, registros de estrangeiros e manutenção de sistemas de tráfego internacional.
Em nota, o Ministério da Justiça afirmou que atua de forma coordenada para garantir a continuidade do serviço, mantendo diálogo constante com a equipe econômica do governo. A situação lembra episódio semelhante em 2022, quando o serviço foi suspenso após bloqueio orçamentário.
O alerta reforça a necessidade de planejamento financeiro adequado para evitar impactos diretos na população e no funcionamento de serviços essenciais de segurança pública.