Por Denise Emanuele Paz Carvalho
O Brasil corre risco de enfrentar nova onda de queimadas nos próximos meses, impulsionada pelo período seco e por ações criminosas, alerta o geógrafo Wagner Ribeiro, professor da USP. Em entrevista ao programa Conexão BdF, da Rádio Brasil de Fato, Ribeiro destaca que julho e agosto têm menor índice de chuvas, favorecendo incêndios provocados por grileiros e pecuaristas.
Relatório do MapBiomas aponta que, em 2024, cerca de 30 milhões de hectares foram destruídos pelo fogo, 62% acima da média histórica, afetando principalmente o Pantanal, Cerrado, Amazônia e Mata Atlântica. Ribeiro ressalta a importância de diferenciar queimadas naturais das criminosas e cobra fiscalização rigorosa.
“Ao ver fogo em áreas protegidas, é fundamental denunciar imediatamente às equipes de defesa civil e brigadas de incêndio”, orienta. Ele alerta também para o avanço do desmatamento, que torna áreas urbanas mais vulneráveis a incêndios naturais, agravados pela ação humana.
Para o professor, o uso de tecnologias de monitoramento aliado a respostas rápidas das autoridades é essencial para conter os incêndios. “Incêndio criminoso é antiprodutivo para pecuaristas. Queimar áreas não é inteligente nem sustentável”, conclui.
Fontes: MapBiomas, Universidade de São Paulo, Rádio Brasil de Fato.