Lula defende o fim dos combustíveis fósseis, mas destaca que Brasil não abrirá mão de seu petróleo

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Em evento no Rio de Janeiro, o presidente ressaltou a importância de explorar o petróleo de forma responsável, enfatizando que a riqueza natural brasileira não será cedida a outros países.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou nesta sexta-feira (4), durante uma cerimônia na Refinaria Duque de Caxias (Reduc), no Rio de Janeiro, sua posição favorável ao fim dos combustíveis fósseis, mas deixou claro que o Brasil não abrirá mão de explorar seu petróleo. A declaração foi feita no contexto de um anúncio de investimentos multimilionários da Petrobras em projetos de energias renováveis e combustíveis verdes.

Lula afirmou que o Brasil deve continuar extraindo seu petróleo, mas sempre com responsabilidade ambiental, buscando uma exploração que não prejudique o meio ambiente. "Não queremos prejudicar nada, mas também não queremos abrir mão da nossa riqueza. É com o petróleo que enriqueceremos nosso povo", afirmou o presidente, destacando a importância econômica dessa atividade para o país.

Embora não tenha mencionado diretamente o projeto polêmico de exploração de petróleo nas águas profundas próximas à foz do Amazonas, Lula fez uma referência indireta ao tema. Esse projeto tem gerado intensas discussões entre ambientalistas, que temem os riscos de danos ambientais, como um possível derramamento de óleo, em uma região ecologicamente sensível.

O evento também marcou o anúncio de um investimento de quase 33 bilhões de reais pela Petrobras, com o objetivo de promover a transição para fontes de energia renováveis. A empresa planeja investir em projetos de produção de combustíveis renováveis e aumentar a eficiência energética do país, criando mais de 38 mil empregos diretos e indiretos.

Durante a cerimônia, a Petrobras divulgou avanços em sua produção de combustíveis sustentáveis, como o Diesel R e o combustível sustentável de aviação (SAF). A estatal também anunciou a construção de uma nova fábrica para produção de diesel renovável e bioquerosene de aviação, além de novas unidades termoelétricas a gás no complexo de Boaventura, no Rio de Janeiro.

Por Gazeta Rio/Ricardo Bernardes