Huap faz campanha sobre resíduos

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O Hospital Universitário Antônio Pedro (Huap), em Niteró, está realizando uma campanha que enfatiza a importância de realizar o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde (RSS) em unidades hospitalares. O objetivo é conscientizar profissionais e frequentadores do Huap quanto ao bom tratamento dos resíduos, que tem como princípio a segregação na fonte, o que resulta na redução do volume com potencial de risco e na incidência de acidentes ocupacionais.

São resíduos de serviços de saúde (RSS) todos aqueles resultantes de atividades exercidas pelos geradores deste tipo de resíduo. Realizar seu gerenciamento está relacionado a um conjunto de procedimentos de gestão, planejados e implementados com o objetivo de minimizar sua geração e proporcionar um encaminhamento seguro, de forma eficiente, visando à proteção dos trabalhadores e à preservação da saúde pública, dos recursos naturais e do meio ambiente.

"Estudos apontam que, ao contrário do que se possa imaginar, grande parte dos resíduos gerados nos hospitais possuem características similares aos resíduos comuns. Sendo assim, a correta segregação pode proporcionar, além da destinação ambientalmente segura, uma economia relacionada aos custos de tratamentos destes resíduos, já que o tratamento dos resíduos classificados como infectante é cerca de quatro vezes mais caro que aqueles classificados como comuns", explica a chefe do Setor de Hotelaria do Huap, Angélica Carlson.

Os RSS são classificados segundo a resolução RDC 222, de 28 de março de 2018, e a Resolução Conama Nº 283, de 12 de julho de 2001. A partir delas foram definidos cinco grupos de separação, divididos em seus respectivos subgrupos, a saber:

GRUPO A - Potencialmente Infectantes: resíduos com a possível presença de agentes biológicos que, por suas características de maior virulência ou concentração, podem apresentar risco de infecção. São subdivididos em cinco grupos (A1 até A5);

GRUPO B - Químicos: resíduos contendo substâncias químicas que podem apresentar risco à saúde pública ou ao meio ambiente, dependendo de suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade e toxicidade;

GRUPO C - Rejeitos Radioativos: quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que contenham radionuclídeos em quantidades superiores aos limites de eliminação especificados nas normas da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) e para os quais a reutilização é imprópria ou não prevista;

GRUPO D - Resíduos Comuns: resíduos que não apresentem risco biológico, químico ou radiológico à saúde ou ao meio ambiente, podendo ser equiparados aos resíduos domiciliares;

GRUPO E - Perfurocortantes ou escarificantes.

"A segregação correta destes resíduos é uma das operações fundamentais para permitir o cumprimento dos objetivos de um sistema eficiente de manuseio de resíduos. Consiste em separar ou selecionar apropriadamente esses resíduos de acordo com a classificação adotada. Essa operação deve ser realizada na fonte de geração e está condicionada à prévia capacitação do pessoal de serviço", finaliza Angélica.