54º Dia Mundial da Paz

Dom José Francisco - Foto: Divulgação

Cidades
Tpografia
  • Mínimo Pequeno Médio Grande Gigante
  • Fonte Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

Dom José Francisco

O Papa Francisco escreveu uma atualíssima mensagem para o Dia Mundial da Paz, intitulada: A cultura do cuidado como percurso de paz. Nessa hora, eu também perdi meu pai, ter cuidado e ser cuidado é tudo de que precisamos.

Ele começa falando da crise sanitária Covid-19, e se solidariza com o sofrimento de todos. Ele diz: "Lembro de modo especial os médicos, enfermeiras e enfermeiros, farmacêuticos, voluntários, capelães e funcionários dos hospitais e centros de saúde, que se prodigalizaram - e continuam a fazê-lo - com grande fadiga e sacrifício, a ponto de alguns deles morrerem, quando procuravam estar perto dos doentes a fim de aliviar os seus sofrimentos ou salvar-lhes a vida. Ao mesmo tempo que presto homenagem a estas pessoas, renovo o apelo aos responsáveis políticos e ao setor privado para que tomem as medidas adequadas a garantir o acesso às vacinas contra a Covid-19 e às tecnologias essenciais necessárias para dar assistência aos doentes e a todos aqueles que são mais pobres e mais frágeis."

O Papa recorda que nas Escrituras, encontramos nosso Deus como um Deus cuidador. Ao se aproximar dos doentes e os curar e perdoar, Jesus se revela como o Bom Pastor cuidador, o Bom Samaritano cuidador.

A Igreja, inspirada em Cristo, sempre procurou responder às urgências de cada momento histórico, através de instituições de alívio à fragilidade humana: hospitais, albergues, orfanatos, e tantas mais. O cuidado como promoção da dignidade da pessoa, o cuidado do bem comum, o cuidado como salvaguarda da natureza, foram sempre a marca da presença da Igreja no mundo. No centro de tudo, sempre, o cuidado.

Essa é a bússola dos estatutos sociais, necessária para promover uma nova cultura da proteção e da promoção dos direitos humanos fundamentais, inalienáveis e universais. Por isso, o Papa, corajosamente, propõe a criação de um "Fundo mundial", com o dinheiro que se gasta em armas, para eliminar a fome, e assim contribuir para o desenvolvimento dos países mais empobrecidos, que é onde, geralmente, se alastram as epidemias.

"Neste tempo, em que a barca da humanidade, sacudida pela tempestade da crise, avança com dificuldade à procura dum horizonte mais calmo e sereno, o leme da dignidade da pessoa humana e a bússola dos princípios sociais fundamentais podem consentir-nos navegar com um rumo seguro e comum."

A todos deixo meu abraço, com votos de paz em 2021, e a minha
bênção.