'MAM Verão': atividades para todos

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Durante os meses de janeiro, fevereiro e março, o Museu de Arte moderna do Rio de Janeiro (MAM Rio) oferecerá uma programação gratuita para todos os públicos, contemplando famílias, adolescentes, crianças e bebês. É o projeto "MAM de Verão", que inclui oficinas, ateliês, performances, cursos, jornada de estudos, visitas mediadas, ciclo de leitura cinematográfica e o início das atividades da Cinemateca ao ar livre. As ações vão acontecer nos espaços do museu, nas áreas circundantes do Parque do Flamengo e também em ambiente digital, engajando o público com dinâmicas diversas de criação. 

Para o diretor artístico do MAM, Pablo Lafuente, ter a programação voltada para o verão é primordial para pensar as questões externas e internas do museu: "Queremos influenciar e ser cada vez mais influenciados pelo parque e por todas as pessoas convidadas a participar de nossas atividades e trocas", avisa.

O Carnaval, cancelado em decorrência da pandemia de covid-19, é o disparador que inspira as atividades de "não-carnaval" do novo projeto. Em paralelo à exposição Hélio Oiticica: a dança na minha experiência, em cartaz até 7 de março, o museu oferecerá oficinas, seminários e performances desenvolvidos com o curador convidado Leandro Vieira, carnavalesco da Estação Primeira de Mangueira, em parceria com expoentes da tradicional escola carioca. Esses eventos, protagonizados por mestres e artistas da Verde e Rosa, trazem saberes ancestrais ao MAM Rio e marcam o reinício das atividades do Bloco Escola a partir de janeiro.  

"A ideia geral é ocupar o MAM com os saberes próprios do universo das escolas de samba através de um diálogo artístico plural", afirma Leandro.

Em fevereiro, o "MAM de Verão" vai apresentar a performance Fazer Carnaval no Não-Carnaval e o Ciclo de Performances da Mangueira, ambos curados por Vieira. Entre outras atrações, a programação inclui a roda de conversa "Alfabeto percussivo", com participação do mestre de bateria da Verde e Rosa, Wesley Assumpção, do historiador Luiz Antonio Simas e do músico Arifan. No dia 27 do mesmo mês, o estereótipo do corpo feminino negro no imaginário dos desfiles.

A ocupação de março prevê uma apresentação da Mangueira no dia 7, no foyer do museu, e uma jornada de estudos acerca da obra de Oiticica, como proposição de encerramento da exposição montada em parceria com o MASP, para um processo imersivo de atividades que envolvem diferentes áreas do museu, como o Bloco Escola, a Cinemateca e as exposições.

Esta jornada marca o início das ações integradas para a reativação do Bloco Escola. Trata-se de um movimento importante no marco institucional por trazer consigo a vocação original do museu, que se entende e se sustenta na tríade arte, educação e cultura. O projeto Bloco Escola oferece formação continuada na área das artes, cinema e cultura, com formatos e durações diversas. Os cursos, oficinas, encontros e seminários apresentam a oportunidade de acessar ou aprofundar aspectos teóricos, poéticos, sociais e históricos da arte, do cinema e de outras formas de expressão, bem como as suas redes de produção, circulação e difusão em escala local, nacional e internacional.