Filho biológico de Flordelis vai a júri pelo assassinato do padrasto

A deputada federal Flordelis: filho biológico dela é acusado de ter atirado na vítima, na garagem da casa da família, em Pendotiba, em 16 de junho de 2019 - Foto: Fernando Frazão / Agência Brasil

Niterói
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O filho biológico da deputada federal Flordelis, Flávio dos Santos Rodrigues, será levado a júri popular pela morte do padrasto, o pastor Anderson do Carmo. A decisão de levá-lo a julgamento é da juíza Nearis dos Santos Carvalho Arce, da 3ª Vara Criminal de Niterói. Flávio é acusado de ter atirado na vítima no dia 16 de junho de 2019, na garagem da casa da família em Pendotiba, Niterói.

A juíza já havia decidido, em novembro de 2019, que outro filho de Flordelis, Lucas Cézar dos Santos, também irá a júri por participação no assassinato, acusado de ter ajudado o irmão Flávio a comprar a arma usada no crime.

A decisão de submeter Flávio a julgamento foi tomada pela juíza em 18 de dezembro de 2020, último dia antes do recesso do Judiciário. A defesa do filho de Flordelis ainda pode recorrer da sentença da magistrada, mas já há data prevista para o julgamento dos dois irmãos. A juíza marcou para o dia 23 de novembro de 2021, às 13h, no Fórum de Niterói.

Eles responderão por homicídio triplamente qualificado (por meio cruel, motivo torpe, e com recurso que impossibilitou defesa da vítima).


Flávio e Lucas foram denunciados pelo Ministério Público estadual no fim da primeira fase das investigações, concluída pela Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo um mês após o crime. Um novo inquérito foi aberto para continuar apurando a participação de outras pessoas no crime.

Em agosto do ano passado, Flordelis, outros quatro filhos e uma neta também foram denunciados por envolvimento com o assassinato. A deputada foi acusada de ser mandante do crime.

Nessa segunda investigação, a polícia também apurou uma tentativa de atrapalhar as investigações, com a confecção de uma carta forjada pelos envolvidos no crime. Lucas e Flávio são acusados de terem participado do plano e foram denunciados por três novos crimes — associação criminosa, falsidade ideológica e uso de documento falso. Eles também são réus no segundo processo.