O desafio de manter-se são

Dom José Francisco - Foto: Divulgação

Cidades
Tpografia
  • Mínimo Pequeno Médio Grande Gigante
  • Fonte Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

Dom José Francisco*

Tem-se falado que a pandemia de Covid-19 é um fenômeno mundial de características únicas na extensão, velocidade de crescimento, impacto geral na população e nos serviços de saúde. Além disso, ocorre em um contexto de acesso a muita informação e em tempo muito curto.

Os impactos já atingiram a saúde mental. Cada um reage de maneira diferente a situações estressantes: o modo como cada um responde à pandemia depende da sua história de vida, das características particulares e da comunidade em que vive.

Entre os que respondem mais intensamente, ao estresse do momento, estão os idosos ou portadores de doenças; os profissionais de saúde, sobretudo, os que trabalham no atendimento à pandemia; pessoas com transtornos mentais, incluindo os relacionados ao uso de substâncias químicas.

O distanciamento social, a redução de estímulos, a perda de renda e alterações significativas na rotina trazem suas reações: 1) medo de ficar doente, perder a fonte de renda, morrer; 2) todo tipo de evitação, até de procurar um serviço de saúde, por receio da contaminação; 3) preocupação real na obtenção de alimentos, remédios e suprimentos pessoais; 4) alterações do sono e da concentração ocasionados por pensamentos intrusivos; 5) sentimentos de desesperança, tédio, solidão e depressão devido ao isolamento; 6) irritabilidade pela perda de autonomia; 7) medo de ser socialmente excluído por ter ficado doente; 8) preocupação com a possibilidade de membros da família contraírem e transmitirem o vírus; 9) receio de as crianças não receberem cuidados adequados; 10) risco do desencadeamento de transtornos mentais; 11) risco de perder a pessoa amada sem poder se despedir; 12) reações de estresse ligadas a notícias falsas e sensacionalistas.

O que fazer é a grande pergunta do momento. Vamos nos deter nela nos próximos artigos.