Flordelis deixa tornozeleira eletrônica 'fora de área'

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A Justiça do Rio notificou ontem a deputada federal Flordelis para explicar o relatório da Secretaria estadual de Administração Penitenciária (Seap) que apontou que a tornozeleira eletrônica usada pela parlamentar ficou desligada 17h por falta de bateria.

Conforme o documento, o equipamento zerou o funcionamento por 11 vezes de outubro até o último mês. A juíza titular da 3ª Vara Criminal de Niterói, Nearis dos Santos Carvalho Arce, também pediu explicações sobre 15 ocasiões nas quais Flordelis não estava em casa entre nos horários estabelecidos.

A parlamentar, apontada como a mandante da morte de seu marido, o pastor Anderson do Carmo, utiliza a tornozeleira desde o dia 8 de outubro de 2020, como medida cautelar solicitada pelo Ministério Público (MPRJ) e acolhida pela juíza Nearis dos Santos Carvalho Arce.

O monitoramento eletrônico da deputada federal foi escolhido, de acordo com o processo, por causa da dificuldade de localizar Flordelis, tanto para a citação no processo, quanto para sua notificação pela Câmara dos Deputados.

Anderson do Carmo tinha 41 anos e era casado por mais de 20 anos com Flordelis. Juntos, criaram 55 filhos, 51 deles adotivos. O líder religioso e a deputada tinham apenas um filho biológico, Daniel dos Santos. Outros três eram de antigos relacionamentos dela.

O pastor foi brutalmente assassinado a tiros na madrugada do dia 16 de junho de 2019. O crime aconteceu na garagem da casa da família, em Niterói, na Região Metropolitana da Rio. Anderson do Carmo chegou a ser socorrido e levado para o um hospital particular, onde chegou sem vida. Segundo o laudo da necrópsia, o corpo apresentava 30 perfurações provocadas por arma de fogo.