C-19 altera festa de São Jorge pelo segundo ano seguido

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A pandemia da covid-19 alterou, pelo segundo ano consecutivo, a tradicional festa do dia de São Jorge, no Rio de Janeiro, comemorado em 23 de abril. As celebrações costumavam reunir milhares de devotos do santo guerreiro, como é chamado, tanto na Igreja Matriz, em Quintino, zona norte, como na Igreja de São Gonçalo Garcia e São Jorge, na Praça da República, no centro da cidade.

Ontem (22), a programação já antecipou um pouco as celebrações com horários de missas devocionais ao longo do dia. Durante a missa na Igreja da Praça da República, transmitida pelo Facebook, o padre Antônio Sobrinho lembrou das vítimas da covid-19 e pediu proteção do santo às famílias para que não sejam atingidas pela doença. "Que São Jorge possa auxiliar-nos neste tempo tão difícil. Que São Jorge nos guarde e nos proteja da pandemia", disse o padre.

Foi permitida a presença de público durante as missas, mas a frequência é limitada a 70 pessoas, que devem estar de máscaras, com higienização com álcool em gel e respeitando o distanciamento. Além da missa das 9h, houve celebração às 12h e o dia terminou com a missa das 17h, celebrada pelo padre Wagner Toledo.

Para ele, que nos últimos anos conduzia a tradicional alvorada de São Jorge, às 5h, com grande número de fiéis, este é um momento sofrido. O religioso lembrou que muitas pessoas chegavam no dia anterior para guardar um lugar na fila e participar da cerimônia.

Pelos números da Polícia Militar, segundo o padre, houve anos em que mais de 150 mil pessoas passaram pelo templo no Dia de São Jorge para saudar o santo. "A gente lembra que era de 4 horas o tempo que um fiel permanecia na fila para conseguir entrar na igreja. Seria uma irresponsabilidade muito grande da nossa parte realizar qualquer evento provocando aglomeração dessa maneira desmedida", completou.

Mesmo com a tristeza de não ter tantos fiéis nas celebrações, o padre mandou um recado para os devotos de que não é momento de abrir a guarda para o
coronavírus.