SG oferece capoeira inclusiva

Maycon Fontoura, de 23 anos, tem deficiências e a capoeira como uma terapia - Foto: Renan Otto / Prefeitura de SG

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Com o objetivo de realizar a inclusão social de pessoas com deficiências físicas e mentais por meio do esporte, a Secretaria de Esporte e Lazer de São Gonçalo incluiu em seu quadro de atividades oferecidas à população o Projeto Curumim, que oferece aulas gratuitas de capoeira inclusiva para pessoas com múltiplas deficiências. As aulas acontecem às terças e quintas, das 18h às 19h, no Clube Tamoio.

"Desenvolver políticas públicas de esporte e lazer para pessoas com deficiência é um compromisso da nossa gestão. É relevante fomentar essas ações, pois as práticas esportivas são excelentes ferramentas de inclusão e de oportunidade para potencializar as habilidades e talentos das pessoas com deficiências", afirmou a secretária de Esporte e Lazer, Simone Monteiro.

O projeto, que faz parte da Associação de Capoeira Negrinho de Sinhá VII, tem aulas aplicadas pelo Mestre Antônio Afonso. O capoeirista, formado em Educação Física, tem pós-graduação em Psicomotricidade, que trabalha os movimentos físicos e o cognitivo.

"Por que uma pessoa que está em tratamento de recuperação motora não pode utilizar um pandeiro no lugar de outro acessório, como a habitual bolinha, em seu tratamento? O instrumento, além de recuperar o movimento, mexe com o cognitivo e com a coordenação motora, que só vai funcionar se você conseguir raciocinar. Os benefícios da capoeira são múltiplos e temos diversos relatos de alunos que antes sequer andavam e, ao longo dos anos da prática, estão conseguindo caminhar sozinhos. É gratificante exercer esse trabalho", declarou o Mestre.

As ações desenvolvidas pela SEMEL buscam atender a toda a população gonçalense, inclusive as pessoas com deficiências. Dessa forma, a secretaria buscou uma parceria com Projeto Curumim para atender - por meio da capoeira inclusiva - crianças e adolescentes portadores de necessidades especiais no Clube Tamoio .

O aluno Maycon Fontoura, de 23 anos, tem deficiência física, auditiva e mental e conseguiu um grande incentivo para continuar frequentando as aulas após o início de um quadro de depressão. Sua mãe, Regina Fontoura, de 54 anos, entrou nas aulas do projeto para apoiá-lo e percebe uma evolução significativa em seu desenvolvimento dia após dia.

"Posso afirmar que a capoeira foi uma das melhores coisas que aconteceu na vida do meu filho. Ele tem um comprometimento físico muito grande e a capoeira mexe com o corpo todo", disse Regina.