Quadrilha aplicava golpes com cartões de crédito e de débito

Na aplicação dos "golpes", um preso contou que usava numerais de cartões em máquinas nas quais não era necessária a apresentação dos cartões - Foto: Arquivo/Agência Brasil

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O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ), cumpriu ontem (10), com o apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ) e em parceria com a Polícia Civil, 11 mandados de busca e apreensão em endereços ligados a uma organização criminosa constituída para a prática de estelionatos mediante fraudes em máquinas de cartão de crédito e débito, receptação qualificada e uso de documentos falsos. Os mandados, expedidos pela 38ª Vara Criminal da Capital, foram cumpridos na capital, em São Gonçalo e Nova Iguaçu. Já nas primeiras horas de diligências foram apreendidos cinco veículos (valor total superior a R$ 1.4 milhão), joias, celulares, máquinas de cartão, computadores, além de televisor lacrado, relógios, bolsas de grife, roupas diversas e R$ 18,5 mil em
espécie.

A investigação das atividades criminosas foi iniciada a partir da prisão de uma pessoa, detida pela prática do crime de estelionato. Ao fornecer informações sobre como executava os seus "golpes", o preso narrou que usava numerais de cartões em máquinas nas quais não era necessária a apresentação dos cartões, tendo assim realizado compras digitando os números obtidos de forma fraudulenta, que lhes eram fornecidos por uma pessoa conhecida pela alcunha de "Dom Ratão".

Após a instauração do procedimento investigatório, foi juntado aos autos o ofício de uma operadora de cartões, relatando que, a partir de março de 2020, foram identificados 15 estabelecimentos empresariais nos quais a chamada venda digitada foi habilitada, sem o conhecimento e consentimento dos proprietários e responsáveis legais, o que causou um prejuízo de aproximadamente R$390 mil até junho de 2020.

A partir de uma compra fraudulenta realizada em uma loja na Barra da Tijuca, foram identificados alguns suspeitos de praticarem fraudes semelhantes, utilizando-se do mesmo modus operandi. A partir da qualificação de um dos investigados, autor direto da fraude na loja, ocorrida em abril de 2020, e da apuração de outras fraudes e realização de diligências policiais, foram identificadas outras pessoas que fazem parte da organização, havendo entre a maioria dos integrantes do grupo, vínculo familiar ou de parentesco.