Um novo capa verde vem aí

Stefano Agostini está em expectativa com a estreia, nesta segunda, às 19h - Foto: Divulgação

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A história mágica desse pequeno niteroiense começou a ser escrita no dia 30/10/2010, no quarto 210, da maternidade Santa Marta. Aos 4 anos Stefano Agostini já dizia aos pais que queria estudar para ser artista. Fez cursos de teatro, interpretação de TV e cinema, sapateado, canto e violão.

Aos 5 anos já estrelava o comercial de uma conhecida marca de roupas e deu início a uma trajetória que incluiu participações nos programas Zorra Total e Tá no ar, da Rede Globo, no videoclipe da Banda Fresno, na peça "Quem matou o Leão", dirigida por Luisa Thiré, no Teatro Clara Nunes, no Rio, e também no curta "Sabe quem está falando".

"Eu sempre quis muito estar no palco, estar de frente para as câmeras. Eu fico feliz, eu me sinto feliz", diz o jovem talento antes de falar sobre a estreia a série D.P.A. (Detetives do Prédio Azul), no canal Gloob.

Os testes para o detetive da capa verde começaram há dois anos e todo o processo foi cercado de muita expectativa, até porque Stefano não escondia a paixão pela série e, especialmente, pelo personagem da capa verde.

"Eu me arrepio só de lembrar. O Stefano me disse em tom sério, certa vez: Mãe, anota aí, eu ainda vou ser o detetive da capa verde. Ele focou nisso e quando apareceu a oportunidade se agarrou a ela e se esforçou muito para não deixar ela escapar", conta Cintia Agostini, mãe do garoto e uma de suas maiores incentivadoras.

Ela, que trabalhava como comissária de bordo, trocou os céus para embarcar no sonho do filho e sempre estimulou muito o desenvolvimento dele, sem perder de vista as responsabilidades na escola e o espaço para as brincadeiras típicas de qualquer criança.

Stefano estuda no Colégio Marly Cury, onde cursa o 5° ano do Ensino Fundamental. Aliás, foi em sala de aula que ele começou a demonstrar a aptidão para a carreira de ator, como lembra a mãe. "Desde cedo, ele já chamava atenção pela desenvoltura, carisma e personalidade. Era muito comunicativo e as professoras costumavam colocá-lo na frente da turma para ele servir de estímulo para os coleguinhas", conta Cintia.

Nos últimos anos, conciliar carreira e estudo ficou mais difícil com a rotina de gravações. Todos os dias mãe e filho saem de Niterói, depois do período de estudos, e seguem para a gravação dos episódios da série. Sempre com todos os cuidados sanitários e restrições impostas pela pandemia.

"O Stefano participa das aulas presenciais com todos os cuidados necessários e nos estúdios do Gloob as medidas de proteção contra a Covid-19 são muito rígidas".

Ainda assim, a doença causou uma perda terrível para a família. A avó materna de Stefano, dona Celia Dantas, morreu no começo de fevereiro vítima de covid. Ela sempre foi uma das grandes incentivadoras da carreira do neto e estava sempre perto do menino.

"Minha mãe queria muito vê-lo na TV. Acompanhou de perto todo o processo de seleção do personagem e estava muito ansiosa pela estreia. Tem sido muito difícil esses dias sem ela. Todos nós ficamos muito abatidos. O Stefano sentiu demais. No entanto, as gravações ajudaram muito a atravessar esse momento e a vontade de homenagear a avó fez com que ele seguisse em frente".

Seja no bairro de Icaraí, seja entre os colegas do colégio Marly Cury e agora todos de Niterói estão vivendo a expectativa da grande estreia da série, nesta segunda-feira, 17 de maio, às 19h. É mais um filho da cidade que ganha o mundo para espalhar sua arte. E todos podem esperar um divertido capa verde, com muita astúcia para encantar os fãs.

Zeca, o capa verde - O novo detetive da capa verde, o Zeca (Stefano Agostini), é cauteloso, metódico e inteligente. Sonha em ser cientista, é cheio de manias, vive limpando as mãos com álcool em gel, tem pavor de germes e analisa tudo em seu microscópio. Usa o bordão: "O pior perigo é o que a gente não vê".