Niterói: mais comunicação nos postos

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A Secretaria Municipal de Acessibilidade de Niterói está treinando os profissionais de saúde que trabalham nos postos de vacinação contra a Covid-19 para uma melhor comunicação com pessoas surdas, com dificuldades de expressão oral ou analfabetas. Para isso, a equipe multifuncional da Secretaria desenvolveu uma prancha de comunicação alternativa que usa figuras para facilitar o entendimento. O método de comunicação adotado segue a mesma didática usada por professores do ensino básico para a comunicação com crianças com deficiência.

Na quarta (2), a equipe multifuncional da Secretaria de Acessibilidade esteve em duas policlínicas - Sérgio Arouca, no Vital Brazil, e Carlos Antônio da Silva, na Avenida Jansen de Melo - para distribuir as pranchas de comunicação e ensinar o método aos profissionais de saúde.

A diretora da Secretaria de Acessibilidade, Carol Basílio, ajudou a desenvolver a metodologia e acompanhou o treinamento. Ela disse que a prancha vai facilitar muito a comunicação entre os profissionais de saúde e as pessoas com deficiência na hora da vacinação.

"Muitas pessoas não conseguem se comunicar oralmente ou através da escrita e isso é um grande complicador na hora da vacinação. Por isso resolvemos adotar esse modelo de comunicação para que as pessoas com deficiência tenham acesso à vacina, o que é muito importante. Toda essa ação é para trazer autonomia para a pessoa com deficiência, para que ela tenha o máximo de independência possível nos serviços públicos, incluindo a vacinação", explicou.

Para a superintendente executiva da Secretaria Municipal de Saúde, Camilla Franco, Niterói tem a preocupação de melhorar cada vez mais a assistência prestada à população e, além da qualidade, também é preciso garantir a todos o acesso às vacinas.

"Para vacinação pensamos nessa estratégia interativa e inclusiva para pessoas com deficiência. A prancha de comunicação é um bom recurso, pois o profissional consegue se comunicar orientando quais os documentos necessários, dados e, principalmente, orienta sobre os efeitos que a vacina pode causar, para que tenha mais atenção e se necessário procure um serviço de saúde", afirmou
Camilla.

A prancha de comunicação é formada por várias figuras: da carteira de identidade, do cartão do CPF, de um aparelho telefônico, da representação do vírus da Covid, etc., além de quadros com situações como vacinação, dor de cabeça e dor no corpo. Com o uso da prancha em conjunto com a pessoa com deficiência, o profissional de saúde consegue identificar mais facilmente o que a pessoa está sentindo, o que está pretendendo.

A prancha também serve para que o profissional dê instruções à pessoa com deficiência como pedir para ela entrar na fila, aguardar a vez, etc.

Ao longo da próxima semana, a Secretaria Municipal de Acessibilidade irá visitar os demais locais de vacinação de Niterói, ministrando cursos de utilização da prancha de comunicação aos profissionais de saúde. O projeto é uma parceria com a Secretaria de Saúde de Niterói.

As pranchas têm figuras em tamanho grande, para facilitar a visualização, e foram plastificadas, o que facilitará a higienização, já que
serão manipuladas por várias pessoas.