CPI pedirá a retenção do passaporte de Carlos Wizard

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O presidente da CPI da Pandemia, Omar Aziz (PSD-AM), anunciou que oficiará a Justiça Federal pedindo a retenção, pela Polícia Federal, do passaporte do empresário Carlos Wizard, e pedirá a coerção coercitiva dele. Wizard não compareceu ao depoimento previsto para esta ontem (17) na comissão.

Wizard se encontraria nos Estados Unidos. Aziz determinou que o passaporte seja devolvido apenas após a prestação de depoimento à CPI. Acrescentou que vai oficiar o juiz criminal para "requisitar à autoridade policial a apresentação da testemunha faltosa", eventualmente com auxílio da força pública.

O empresário obteve na véspera um habeas corpus, concedido pelo ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, concedendo-lhe o direito de não responder a perguntas que o incriminassem. Omar Aziz criticou com veemência Wizard por, mesmo assim, não ter comparecido:

"Hoje, às 7h da manhã, a secretaria da comissão recebeu pedido dos advogados de Carlos Wizard de audiência com esta presidência para tratar de "redesignação de data". É uma brincadeira dele, né? Uma data combinada para ele vir", indignou-se.

O presidente da CPI disse que o não comparecimento de Wizard é um desrespeito "não com a CPI, mas com o STF":

"O que me espanta é um cidadão procurar o STF para conseguir um habeas corpus para vir a esta CPI e ficar em silêncio, e não aparecer. Então para que foi ao Supremo, se não vinha? O ministro Barroso com certeza tem muitos afazeres. O sr. Carlos Wizard está achando que conseguir habeas corpus no Supremo é que nem ir à quitanda comprar bombom", disse Aziz.

Depoimento adiado - Diante da ausência no depoimento ontem, o presidente da CPI da Pandemia adiou o depoimento do auditor afastado do Tribunal de Contas da União (TCU), Alexandre Marques, autor de um relatório falso que questiona o número de mortos por covid-19. Nesta hoje (18), a CPI votará novos requerimentos de convocação do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, e de quebras de sigilo de prestadores de serviço ao estado na área da saúde. O senador Marcos Rogério (DEM-RO) questionou o pedido de sessão secreta para novo depoimento do ex-governador Wilson Witzel.