Banco comunitário Arariboia é inaugurado na Vila Ipiranga

Objetivo é organizar pequenos produtores para que a Moeda Social Arariboia seja usada como moeda local circulante - Foto: Luciana Carneiro / Prefeitura de Niterói

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A Prefeitura de Niterói inaugurou oficialmente, ontem (22), o projeto piloto do Banco Comunitário Arariboia, na Vila Ipiranga, sob coordenação da equipe da Secretaria Municipal de Assistência Social e Economia Solidária (SMASES). O objetivo é organizar e cadastrar pequenos produtores, empreendimentos de economia solidária e comerciantes da própria comunidade para que a Moeda Social Arariboia seja usada como moeda local circulante, aquecendo e movimentando a economia na comunidade. O projeto prevê a instalação de mais sete agências em todas as áreas da cidade. Essa é uma grande aposta da prefeitura para a retomada econômica do município pós-pandemia.

O prefeito Axel Grael destacou a importância da economia solidária para a recuperação da cidade no período pós pandemia.

"A economia solidária está no primeiro escalão das políticas públicas de Niterói. A proposta dos bancos comunitários e da Moeda Social Arariboia é promover uma melhor distribuição de renda na nossa cidade, melhorando a vida de quem está nas comunidades. Fazer programas de transferência de renda é algo importante, mas isso precisa ser feito de forma qualificada, gerando oportunidades para todos e integrando a cidade", explicou Grael.

Para o vice-prefeito de Niterói, Paulo Bagueira, o projeto da Moeda Social comprova que Niterói segue sendo exemplo em gestão pública no Brasil.

"Com a moeda social, teremos mais recursos circulando nas comunidades e isso vai ser fundamental para o desenvolvimento da cidade. Mesmo em um momento tão difícil com a pandemia, seguimos avançando em Niterói".

O secretário de Assistência Social e Economia Solidária, Vilde Dorian, ressaltou o avanço na política de combate às desigualdades na cidade.

"A implantação do Banco Comunitário Arariboia, na Vila Ipiranga, representa mais um avanço da nossa cidade, tanto no desenvolvimento e aplicação da Política Municipal de Economia Solidária, sancionada no ano passado, como na preocupação que nosso prefeito e o governo de Niterói têm com o desenvolvimento econômico aliado ao combate às desigualdades sociais, sobretudo nesse momento de crise sanitária e aprofundamento da pobreza em nosso país", disse o secretário.

A secretária municipal de Fazenda, Marilia Ortiz lembrou que a implementação da Moeda Social Arariboia vai beneficiar aproximadamente 30 mil famílias e desenvolver pequenos negócios nas comunidades.

"Iremos estimular a formalização e desenvolvimento de micro e pequenos empreendedores nos territórios promovendo o desenvolvimento com inclusão social neste contexto tão desafiador da retomada da economia", afirmou a secretária.

Segundo o coordenador de Economia Solidária em Niterói, Maicon Carlos, a ideia é que a moeda social seja uma forma de movimentar a economia e reduzir o impacto social e financeiro aprofundado na pandemia do novo coronavírus.

"A ideia é que a agência na Vila Ipiranga seja o piloto para expansão da Moeda Arariboia. Os bancos serão, também, espaços de formação, capacitação, orientação e fomento", explicou Maicon, que ressaltou ainda que qualquer pessoa pode ir ao Banco Comunitário e abrir sua conta digital e utilizar no comércio cadastrado.

Além da criação do Banco Comunitário, o projeto da Moeda Social Arariboia prevê contemplar as famílias em situação de maior vulnerabilidade, cadastradas no CadÚnico, para receber o benefício da moeda social (em forma de cartão) para ser usado nos comércios locais cadastrados, sejam eles padaria, pequenos mercados, hortifrutis, pequenos produtores e outros. Dessa forma, faz a economia girar dentro da própria comunidade e também dentro da cidade. O benefício pode chegar ao valor de R$ 540 para famílias de até seis membros (valor de R$ 90 por pessoa), porém apenas um membro da família poderá receber.

Com a criação da Moeda Social Arariboia, além do projeto de mitigação dos efeitos econômicos, ainda se espera uma ampliação do cadastro formal de empreendimentos comerciais e a diminuição das desigualdades regionais. Além disso, o projeto prevê a criação de um fundo que vai gerar e operar a moeda social. A Prefeitura de Niterói estima um investimento mensal de R$ 5,6 milhões no programa.