Vinicius Jr. cria instituto social em SG

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A Secretaria de Educação de São Gonçalo ganhou um importante reforço para o desenvolvimento escolar dos jovens: o atacante Vinicius Junior, jogador do Real Madrid. O atleta de apenas 20 anos, que hoje desfila o seu talento pelos gramados do Velho Continente, bateu um "bolão" ao lançar, neste domingo (18), o Instituto Vini.Jr, a primeira EdTech Social do Brasil que vai usar tecnologia aliada ao esporte como ferramenta de mobilização para apoiar os professores da rede pública de ensino no desenvolvimento educacional das crianças e adolescentes.

O projeto está sendo desenvolvido, inicialmente, na Escola Municipal Paulo Reglus Freire, em São Gonçalo, onde o jogador estudou enquanto ainda morava na cidade. O primeiro produto do Instituto é o aplicativo BASE, que vem sendo desenvolvido e testado há 1 ano pela equipe do Instituto Vini.Jr, em parceria com o corpo docente da escola. A nova tecnologia usa elementos do futebol para atrair a atenção dos alunos e conta com os mesmos conteúdos que são desenvolvidos na sala de aula, com questões de Matemática, Língua Portuguesa, Ciências, História e Geografia, seguindo a Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Inicialmente, o projeto está focado nos primeiros anos do Ensino Fundamental (do 1º ao 5º ano), beneficiando crianças de 6 a 10 anos.

"Exemplos como esses são a prova que a união entre educação e esporte dão resultados positivos. Essa sinergia é capaz de transformar vidas e dar perspectiva de futuro aos jovens. Ter nomes como o Vinícius Jr., que tem orgulho de dizer de onde veio, é uma grande referência para as nossas crianças. Apoiamos essa iniciativa e seguimos trabalhando para levar a melhor educação para as crianças e jovens da nossa São Gonçalo", ressaltou a secretária de Educação, Lícia Damasceno.

O Instituto Vini.Jr é um sonho antigo da família e do atacante do Real Madrid, mesmo com pouco tempo de carreira profissional e apenas 20 anos de idade.

"É a realização de um grande sonho meu, do meu pai e de todos que acompanharam de perto a nossa luta até aqui. A minha infância em São Gonçalo foi muito difícil, em determinado momento o meu pai precisou se mudar, foi para São Paulo trabalhar para conseguir sustentar a nossa família. Sofremos na pele, sabemos o que as crianças, os jovens e essas famílias precisam porque passamos por isso. Durante muito tempo o meu pai organizava essa ajuda sozinho, fazíamos eventos na comunidade, distribuição de comida e brinquedo. Ajudava, mas não transformava. A proposta agora é outra, mais profunda. Queremos ajudar essas crianças na base, acreditamos muito na importância da educação para mudar esse cenário e nossa equipe vai trabalhar muito com esse objetivo", explica Vini, que pretende levar essa tecnologia para outras escolas do Rio de Janeiro e, em seguida, para outros lugares do país.