Intestino preso, um problema bem frequente

Cidades
Tpografia
  • Mínimo Pequeno Médio Grande Gigante
  • Fonte Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

A constipação (intestino preso) continua sendo uma queixa frequente em nossa população. A patogênese da constipação intestinal é multifatorial, com uma predisposição genética, relacionada também ao status socioeconômico, com o baixo consumo de fibras, a falta de ingestão adequada de líquidos, pela falta de mobilidade intestinal adequada, distúrbios no equilíbrio hormonal, efeitos colaterais do uso de medicamentos ou por alterações na anatomia do organismo.

Pode ocorrer por distúrbios da motilidade intestinal, por uma obstrução mecânica, por distúrbios do mecanismo de evacuar ou por uma impactação de fezes.

Algumas drogas podem provocar constipação como o uso de alguns medicamentos, como anti convulsivantes, anestésicos, anticolinérgicos, antidepressivos, dentre outros medicamentos.

Algumas alterações anatômicas também levam a constipação com sintomas que aparecem desde o nascimento, devido a uma má formação anorretal, como a presença do ânus anterior, a não perfuração anal, ou o ânus ectópico, localizado em posição anômala. A ausência de algumas células ganglionares que permitiriam a movimentação normal do intestino, também podem provocar essa alteração.

Quando ocorre a presença de fissuras ou dermatite na região peri anal também podem dificultar a eliminação das fezes.

Geralmente ocorre um intervalo maior entre as evacuações, com eliminação de fezes duras, que geram dificuldade ou dor na hora de evacuar, com eliminação esporádica de fezes muito calibrosas que chegam a entupir o vaso sanitário ou até uma frequência de evacuações inferior a 3 por semana, exceto as crianças em aleitamento materno, que apresentam características diferentes pela absorção e caracterização diferenciada do aleitamento materno.

Pode ocorrer a retenção fecal funcional, caracterizada por repetidas tentativas para evitar a defecação, relacionada com o medo da dor durante a evacuação. Há evacuações de grande calibre, menos que duas vezes por semana, podendo apresentar além disso, um escape involuntário de fezes líquidas que ultrapassam aquela impactação fecal, sujando a calça ou a cueca, sendo involuntário.

Pode ter associação com irritabilidade, cólicas abdominais, redução do apetite e saciedade precoce.

A constipação funcional (sem evidências de causas patológicas) ocorre quando gera evacuações dolorosas, com resultante retenção voluntária de fezes, ou quando se observa um predomínio de ondas intestinais lentas, podendo provocar o acúmulo de fezes.

Alguns distúrbios do mecanismo de evacuar ocorrem por interferência na contração dos músculos voluntários da defecação, como no hipotireoidismo, na síndrome de Prune Belly, também denominada de abdome em ameixa, na ou paralisia cerebral,

Importante lembrar que um suporte adequado para os pés é necessário para uma boa prensa abdominal para ajudar na eliminação das fezes.

Um adulto necessita ingerir em média 25g/dia de fibra e no mínimo 2 litros de água por dia, podendo em algumas situações ser necessário, uma ingesta maior. Portanto toda vez que tivermos alteração na ingesta destes teremos alteração do nosso ritmo intestinal e poderemos desenvolver constipação intestinal.

Erro dietético - Como o excesso de leite pode provocar constipação, a pouca ingestão de líquidos e a alimentação com poucas fibras influenciam no mecanismo do ato de evacuar promovendo a constipação. A falta de atividade física, também pode exercer o seu
papel em agravar a constipação.

Algumas medidas como mudanças na rotina ou na dieta, a ingestão de bastante líquidos, evitar alimentos constipantes e preferir alimentos que facilitem o trânsito intestinal, além de ter disponibilidade de banheiros, e apoio para os pés devem ser tomadas, para evitar o adiamento da defecação, que podem tornar as fezes mais endurecidas e mais difíceis de serem eliminadas.

A atividade física sempre deve ser estimulada!