Gurgel defende voto impresso auditável

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Em meio à polêmica sobre a votação da PEC que regulamenta o voto impresso auditável, marcada para hoje (10), na Câmara dos Deputados, o coordenador da bancada do Rio de Janeiro no Congresso Nacional, deputado Sargento Gurgel (PSL-RJ), reafirma ser a favor da medida defendida pelo presidente Jair Bolsonaro, por acreditar que a maior transparência e segurança das eleições são essenciais para o fortalecimento da democracia.

A PEC propõe que os números que cada eleitor digitar na urna eletrônica sejam impressos e depositados, de forma automática, em uma urna de acrílico, facilitando uma recontagem de votos caso haja suspeita de fraude do sistema eletrônico.

"O argumento de que o voto impresso facilitaria a coerção do eleitor não é verdadeiro, pois ele não levaria consigo um comprovante do voto. Se fosse verdadeiro, o mesmo valeria para a urna eletrônica, pois o eleitor pode ser obrigado a filmar a tela da urna após declarar o voto. Em áreas
conflagradas pelo crime, por exemplo, já é muito comum isso acontecer. Nesse caso, o que precisamos fazer é combater a violência, e não culpar o voto impresso", afirma o deputado.

Sargento Gurgel também rebate as críticas de que o voto impresso elevaria o custo das eleições, pois no atual sistema em vigor, o eleitor já recebe um comprovante de votação após votar na urna eletrônica, logo já existe um custo previsto com papel no processo eleitoral.

No início do mês, o deputado publicou em suas redes sociais a notícia de que uma das maiores fabricantes de urnas eletrônicas dos Estados Unidos decidiu não vender mais equipamentos que não emitam o voto em papel por reconhecer que esse procedimento evitaria erros e adulterações por hackers.

Na reportagem, um professor de Ciência da Computação da Universidade de Michigan demonstrou como é fácil alterar o resultado de uma eleição na urna eletrônica através da manipulação do cartão de memória da máquina, antes da votação, utilizando um software de roubo de votos.

"O voto impresso auditável não é um retrocesso, mas um meio de legitimarmos o desejo da maioria da sociedade por eleições mais limpas. E nós precisamos entregar isso para a sociedade. Esse é o meu papel como parlamentar", conclui o deputado Sargento Gurgel.