Oficina de Integração Familiar em S. Gonçalo

Enquanto aguardavam a saída dos filhos, os responsáveis pelos alunos do Centro de Inclusão Municipal Helen Keller (CIM), em Vila Lage, participaram, ontem (10), da Oficina de Integração Familiar. O projeto, que retomou suas atividades este ano, acontece de segunda a sexta, nos turnos da manhã e da tarde. O objetivo é otimizar o tempo de espera, trocar ideias e realizar atividades artísticas e corporais, além de criar uma possibilidade de geração de renda para as famílias.

O tema do dia foi "O Poder da Tesoura", que se tratava de uma dinâmica em que um fio de lã estava na mão dos responsáveis e eles teriam que decidir, sozinhos, se cortariam com a tesoura ou deixariam inteiro. A ação trouxe a reflexão de como a escolha do outro pode influenciar na vida de cada um, mostrando que é preciso pensar por conta própria.

De acordo com a diretora Ellem Coimbra, o projeto reduz a falta dos alunos e propõe uma mentalidade empreendedora nos responsáveis, já que a questão financeira é uma das maiores dificuldades que eles enfrentam para levar os filhos para o Atendimento Educacional Especializado
no CIM.

"Visando minimizar este quadro, criamos o projeto que oferece uma possibilidade de geração de renda e elevação de autoestima", comenta Ellem Coimbra.

Para ajudar a complementar a renda da família, a Oficina de Integração Familiar ensina a arte de pintura em panos de prato, ornamentação de potes com utilização de potes de sorvete ou de margarina, confecção de bijuterias, entre outras atividades.

Quando começou a fazer a oficina, Ana da Conceição Cruz, de 58 anos, estava com depressão e levava a filha Joice Iris, de 34 anos, para o CIM. Para ela, além de um espaço para conhecer novas pessoas e trocar experiências, também foi onde aprendeu a fazer decoupage, que é a arte de decorar um objeto colando recortes de papel colorido nele, que se tornou uma renda extra para a família.