Gravidez após os 34 anos, muitas interrogações!

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Várias dúvidas surgem quando uma mulher engravida na fase avançada de sua vida sexual: É perigoso engravidar nesta idade? A mulher corre risco de vida? Ela pode perder o útero e ficar
estéril? E o bebê, também corre risco de vida? O bebê pode nascer malformado ou com alguma síndrome genética? A gravidez após a idade de 34 anos, conhecida no meio científico como gravidez tardia. está se tornando cada vez mais frequente.

Diferente da gravidez na adolescência (período de idade entre 10 e 19 anos), que no nosso país encontra-se em queda, a gravidez tardia, isto é, em mulheres com idade superior a 34 anos, continua aumentando. No Brasil, nos últimos 20 anos, o número de mulheres que foram mães após os 40 anos aumentou cerca de 50%, enquanto na faixa etária de 35 a 39 anos, o aumento foi de 70%. Essas gestantes são chamadas de gestantes tardias.

Acredita-se que este fenômeno, ou seja a gravidez após os 34 anos, esteja ocorrendo em decorrência de vários fatores; dentre eles, destacam-se o maior nível de educação nessa população de mulheres, o adiamento do casamento para uma época da vida em que a estabilidade econômica provavelmente estará maior e melhor, a maior ocorrência de divórcios seguidos de novos relacionamentos, além dos avanços nos tratamentos da infertilidade.

A gravidez tardia é considerada um importante fator gerador de risco na gestação, tanto para a gestante como para o seu bebê. Exige, portanto, atenção especial durante a realização do pré-natal.

As possíveis complicações para as mães e seus recém-nascidos pode ser atribuído ao aumento na frequência de doenças crônicas na gestante tardia, especialmente a hipertensão arterial (pressão alta) e a diabetes. E é exatamente a maior frequência dessas doenças que geram os potenciais riscos a? essa gravidez tardia. Também é relatado um aumento na frequência de doenças genéticas nos bebês advindos dessas gestações tardias.

Sob a influência das condições clínicas relatadas acima, as gestantes tardias têm um risco duas a três vezes maior de morte relacionada à gravidez do que as gestantes mais jovens, principalmente nos países em desenvolvimento, como o nosso Brasil. É importante destacar que além da influência direta da hipertensão arterial e/ou da diabetes nessas gestantes tardias, frequentemente há falta de cuidados adequados especialmente durante o pré-natal. Tudo isso pode piorar com a presença de tabagismo ou de alguma complicação na gravidez anterior.

No entanto, alguns estudos relatam que quando ocorre um bom acompanhamento pré-natal e uma atenção redobrada durante o trabalho de parto e o parto, a evolução da gestante tardia e de seu bebê são semelhantes aos de gestantes mais jovens.

Neste extremo da vida reprodutiva, ou seja, em gestações de mulheres com mais de 34 anos, ter acesso a uma assistência pré-natal adequada é o melhor meio de prevenir problemas futuros e assegurar uma gestac?a?o sauda?vel para a ma?e e o seu bebê.