RJ criou quase 23 mil postos de trabalho no mês de agosto

Estado do Rio de Janeiro criou 22.960 novos postos de trabalho com carteira assinada no mês passado - Foto: Divulgação

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O Rio de Janeiro continua sendo o terceiro estado que mais gerou emprego formal no país, no mês de agosto. Dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados pelo Ministério do Trabalho e Previdência Social, mostram que o estado criou 22.960 novos postos de trabalho com carteira assinada no mês passado. Esse resultado é 30% maior que o de julho (17.684 empregos formais) e, se comparado com agosto do ano anterior (5.428), é aproximadamente 323% maior.

No acumulado do ano, de janeiro a agosto, o Estado do Rio de Janeiro obteve saldo de 104.256 postos, subindo da sétima para a sexta posição no ranking nacional. Os setores de serviços e comércio foram os que mais se destacaram, com a criação de 13.008 novas vagas e 5.567 postos de trabalho, respectivamente, seguidos pela indústria, com 2.502 vagas, e construção, com 1.996.

"Nos últimos meses recuperamos oito em cada dez vagas perdidas após o início da pandemia e hoje temos, em todo o estado, taxas consecutivas de crescimento na oferta de emprego, acima da média nacional, como apontam os indicadores. Em função do grande volume de investimentos previstos, acreditamos que o saldo de empregos deve continuar em alta nos próximos meses, comprovando que os esforços do governo do estado pela retomada econômica do Rio de Janeiro já estão se transformando em resultados", destacou o governador Cláudio Castro.

O maior saldo de vagas foi preenchido por jovens entre 18 e 24 anos. Por grau de instrução, 70% dos postos foram ocupados por pessoas que possuem o Ensino Médio completo. A divisão por gênero continua equilibrada, com 53% dos homens e 47% das mulheres preenchendo as vagas.

Desocupação cai - A taxa de desocupação caiu 1 ponto percentual no trimestre encerrado em julho, indo para 13,7% na comparação com o trimestre finalizado em abril. Mesmo com a queda, o país tem 14,1 milhões de pessoas em busca de um trabalho. Os dados foram divulgados ontem (30), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que produziu a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua.

Segundo o instituto, houve aumento de 3,6% no número de pessoas ocupadas, com mais 3,1 milhões no período analisado, chegando a 89 milhões de pessoas.

A analista da pesquisa, Adriana Beringuy, disse que, com isso, o nível de ocupação subiu 1,7 ponto percentual, para 50,2%, primeira vez acima de 50% desde o início da pandemia de covid-19, em março de 2020.

"Essa é a primeira vez, desde o trimestre encerrado em abril de 2020, que o nível de ocupação fica acima de 50%, o que indica que mais da metade da população em idade para trabalhar está ocupada no país", afirmou.

Empregos recuperados - A analista explicou que, no trimestre e no ano, houve recuperação dos empregos com carteira assinada. Mas ainda há 5 milhões de pessoas ocupadas a menos do que no período pré-pandemia.

"Se você olhar do ponto de vista da população ocupada, a gente está em 89 milhões. Bem no início de 2020 estávamos na casa de 94 milhões, ou seja, ainda temos cinco milhões a menos do que no período pré-pandemia. Mas houve um crescimento bastante significativo da população ocupada, que volta a ficar acima dos 50%, mas ainda é bem menor do que o que tínhamos no período pré-pandemia. O crescimento maior no trimestre e no ano foi do emprego com carteira", afirmou Adriana.

O emprego com carteira assinada subiu 3,5%, com mais 1 milhão de pessoas, totalizando 30,6 milhões no trimestre móvel analisado. Na comparação com o mesmo período de 2020, o número aumentou 4,2%. Segundo o IBGE, este é o primeiro aumento no emprego com carteira desde janeiro de 2020, na comparação
anual.

A pesquisa também indicou aumento nos postos de trabalho informais, com a expansão do trabalho por conta própria sem Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ) e do emprego sem carteira no setor privado. Com isso, a taxa de informalidade subiu de 39,8% do trimestre móvel anterior para 40,8% no trimestre encerrado em julho.

O número de empregados no setor privado sem carteira cresceu 6% na comparação trimestral, para 10,3 milhões de pessoas. Em um ano, esse contingente subiu 19%.