Rio registra 43 mil empregos formais entre janeiro e agosto

Segundo o secretário Chicão Bulhões, os números retratam a retomada econômica da cidade, que ainda se recupera do forte baque causado pela pandemia - Foto: Agência Brasília

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De janeiro a agosto de 2021, o Município do Rio de Janeiro gerou 43,2 mil novos empregos, sendo 33% em agosto e mais de 80% nos últimos quatro meses, acompanhando o avanço da vacinação na cidade. O setor de serviços é o que mais criou postos de trabalho: 33 mil. A título de comparação, no mesmo período do ano passado foram 124,5 mil empregos a menos.

"A expectativa de um segundo semestre melhor para a economia está se concretizando. Com o avanço da vacinação, podemos voltar a pensar nos grandes eventos como Réveillon e Carnaval que vão aquecer ainda mais o mercado carioca", afirma o secretário de Desenvolvimento Econômico, Chicão Bulhões.

Os números retratam a retomada econômica da cidade, que ainda se recupera do forte baque causado pela pandemia. O Indicador de Atividade Econômica do Rio (IAE-Rio), elaborado pela SMDEIS, cresceu 4,0% em julho, em comparação com o final de 2020. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, o IAE-Rio cresceu 7,2%.

Com a aceleração da vacinação, as perspectivas para a economia brasileira e carioca estão melhorando. Para o ano de 2021, estimativas preliminares da SMDEIS indicam que o PIB do Município do Rio de Janeiro deve crescer, em termos reais, 5,1%, após a forte queda de 2020, estimada em -5,7%.

A taxa de inflação no Rio nos últimos 12 meses terminados em agosto foi de 8,7%, se mantendo abaixo da taxa nacional (10,2%). A alta dos preços no Rio foi puxada principalmente pela alta de 15,0% na alimentação do domicílio e de 12,2% nos preços administrados (como gasolina, gás e energia elétrica).

Empreendedores menos otimistas - O aumento no preço de insumos e mercadorias, seguido pela alta dos combustíveis, aluguéis e energia elétrica são os principais fatores que mais pressionam os pequenos negócios. O Sebrae vem monitorando o comportamento dos pequenos negócios diante dos desafios impostos pela pandemia. Em nova pesquisa, 47% dos empreendedores fluminenses ainda relatam dificuldades para manter o negócio. Vinte por cento acreditam que as mudanças impostas no período foram importantes para o empreendimento, 19% acham que o pior já passou e 14% seguem otimistas com as oportunidades que surgiram. Por conta dessa situação, os empresários acreditam que a economia voltará ao normal apenas em dezembro de 2022.

Essa percepção vem atrelada ao momento dos pequenos negócios, já que 77% alegaram diminuição no faturamento das empresas neste período, 10% conseguiram aumentar o faturamento e outros 10% permaneceram com o mesmo rendimento.

"O estudo reforça que os pequenos negócios ainda sofrem com o impacto da crise. Sete por cento das empresas fluminenses decidiram fechar as portas de vez. Para continuar em funcionamento, a aposta foi investir em novas ferramentas de trabalho. Assim, 59% dos empreendedores mudaram a forma de operar da empresa. Trinta e quatro por cento funcionam da mesma forma ou interromperam temporariamente a operação da empresa", explica Simone Moura, analista do Sebrae Rio.

Nota Eletrônica - A pesquisa aponta ainda que, 46% dos empreendedores fluminenses não utilizam nota fiscal eletrônica. Já 37% usa apenas para venda de serviços, 10% para venda de bens e outros 7% utilizam tanto para vendas de bens, quanto para vendas de serviços.