Rio reduz intervalo da Pfizer para quem tem 30 anos ou mais

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As pessoas com 30 anos de idade ou mais que já tomaram a primeira dose da vacina da Pfizer contra o covid-19, agora poderão receber a segunda imunização em um prazo menor. A prefeitura do Rio de Janeiro anunciou, ontem (22), que reduziu o intervalo entre a primeira e a segunda aplicação para 21 dias.

"Chegou a hora! Agora o intervalo mínimo entre a primeira e a segunda dose da vacina da Pfizer é de 21 dias para quem tem 30 anos ou mais. É o seu caso? Procure uma unidade de saúde e complete seu esquema vacinal!", anunciou a Secretaria Municipal de Saúde (SMS).

Testes - O Instituto do Coração (Incor) em São Paulo enviou à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), na quinta-feira (21), o pedido de autorização para os testes clínicos da vacina em spray contra a covid-19. A ideia é iniciar as fases 1 e 2 do estudo em 2022. O documento detalha aspectos técnicos e metodológicos do imunizante em avaliação.

De acordo com o Incor, a vacina spray "é inédita no mundo não apenas pela sua forma de administração pelas narinas, mas também pelos componentes derivados do vírus que ele utiliza para a imunização e pelo veículo que os transporta (nanopartículas)", aponta nota da instituição.

O imunizante é desenvolvido pelo Laboratório de Imunologia do InCor e tem como parceiros a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e a Universidade de São Paulo (USP), especificamente a Faculdade de Medicina, o Instituto de Ciências Biomédica e a Faculdade de Ciências Farmacêuticas.

Os resultados iniciais são promissores. Os experimentos mostram que animais imunizados com a vacina spray tiveram altos níveis de anticorpos IgA e IgG e também uma resposta celular protetora.

Serão 280 participantes divididos em sete grupos, seis deles vão tomar doses diferentes entre si e o último vai receber placebo. A dose diferenciada é para testar a melhor dosagem. Essas fases devem durar até três meses. O objetivo é avaliar a segurança, a resposta imune e o esquema vacinal (dose) mais adequado.

O Incor aponta que, diferentemente das vacinas existentes, que usam a proteína spike para induzir a resposta imune do organismo, o imunizante que está em desenvolvimento utiliza peptídios sequenciais derivados de proteínas que compõem o vírus. A forma de administrar o medicamento, pelas narinas, utiliza uma nanopartícula que consegue ultrapassar a barreira protetora dos cílios e do muco.