Acidentes na infância e na adolescência

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O trauma continua sendo uma das principais causas de morte e de seqüelas que acomete crianças e adolescentes em todo o mundo, sendo o traumatismo cranioencefálico (TCE),sobretudo na infância, a causa mais comum de atendimento nas emergências pediátricas.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) através dos dados computados, mostra que o trauma por acidente automobilístico está entre as maiores causas de óbito em crianças na faixa etária de 5 a 14 anos.

Segundo o Ministério da Saúde (MS), os acidentes decorrentes de transporte, quedas ou agressões ocorrem em mais de 50%, na faixa etária entre 0 a 14 anos.

O TCE pode ocorrer por conta dos acidentes automobilísticos, e em pediatria também podem ocorrer sobretudo decorrentes dos atropelamentos, dos acidentes de bicicleta, das quedas de altura e das lesões oriundas da prática esportiva.

Além disso, o TCE pode ser provocado pelo abuso ou maus-tratos, como a observada na síndrome do bebê sacudido.

A síndrome do bebe sacudido ocorre geralmente em crianças abaixo de um ano, caracterizada pela tríade clássica: encefalopatia aguda, hematoma subdural e hemorragia retiniana, pelo ato de sacudir o bebê de forma violenta e intencional, configurando maus tratos e abuso infantil. Podemos observar ainda fraturas das vértebras, de ossos longos e das
costelas.

As lesões dos traumas decorrentes de acidentes ocorrem no momento do acidente, seja por impacto, por forças de aceleração ou desaceleração. Pode ocorrer ainda a ruptura de vasos, contusão cerebral, fraturas e áreas de laceração. Isso tudo pode levar a edema (inchaço) cerebral.

A intervenção terapêutica no tratamento do TCE tem por objetivo tratar o edema e as lesões secundárias, além de reduzir o aparecimento das sequelas. O TCE pode ser classificado como mínimo, leve, moderado ou grave.

Existe uma escala de escala de coma de Glasgow, para ajudar a caracterizar a gravidade do coma. O trauma mínimo ocorre quando o paciente não apresenta alterações focais no exame neurológico, escala de coma de Glasgow: 13-15, sem evidências de fraturas.

No trauma de crânio leve, assim como no trauma mínimo, os pacientes apresentam Glasgow entre 13-15, porém estas crianças têm perda da consciência, desorientação ou vômitos.

EXAMES

O RX de crânio e a tomografia computadorizada estão indicados para avaliação do grau de comprometimento cerebral e avaliação neurológica para decisão diagnóstica e tratamento adequado.

Monitorização contínua e cuidados em Unidade de Terapia Intensiva serão necessários para melhor avaliação e tratamento adequado das lesões, bem como intervenção cirúrgica, sempre que necessário.

ACIDENTES FREQUENTES

A queda de cima da laje é um acidente muito frequente, sendo que antes costumava ocorrer por crianças brincando na laje, soltando pipa, mas atualmente, geralmente ocorre pela distração com o uso do celular.

Os acidentes por queda em atividades esportivas também são frequentes, geralmente com fraturas nos dedos das mãos, na região de cotovelo, pernas ou braços.

A queda por acidente com bicicletas ou motos ocorre por falta do uso obrigatório de capacete para evitar esses tipos de trauma, com escoriações e fraturas dos membros superiores e inferiores, podendo levar a politraumatismo, com trauma intra-abdominal, com lesões no fígado, baço e em várias partes do corpo.

Em caso de acidentes, a ambulância deve prestar os primeiros socorros.

Os primeiros socorros no trânsito necessitam de medidas, como sinalizar a área do acidente, evitando com isso outros acidentes, chamar uma ambulância ligando 192, para a polícia, através do 190 e/ou os bombeiros, no 193, de acordo com o caso.